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Cidade de São Paulo tem o ar mais poluído do planeta pelo segundo dia consecutivo

Especialistas alertam que a situação pode piorar nos próximos dias.

10 de setembro de 2024 às 15:45

Os mais de 12,5 milhões de habitantes da cidade de São Paulo, a maior do Brasil, estão esta terça-feira a respirar o ar mais poluído do planeta. É o segundo dia consecutivo em que São Paulo surge com o ar mais irrespirável do mundo, e a tendência, dizem especialistas, é que a situação ainda se agrave mais nos próximos dias.

A avaliação foi feita pela plataforma suíça de tecnologia Iqair, especializada em monitorizar o ar das 120 maiores cidades do planeta.

A avaliação pode mudar ao longo do dia de acordo com alterações climáticas e o horário, mas ao amanhecer destas segunda e terça-feira,

 São Paulo liderava entre as cidades com o ar mais poluído, o que os seus habitantes podiam ver a olho nu, com uma densa camada cinza acastanhada a cobrir o céu como se fossem nuvens de chuva, mas que, na verdade, eram nuvens formadas por poluentes.

De acordo com a medição da Iqair, na manhã desta terça-feira São Paulo tinha um nível de poluição do ar de 158, que põe em risco a saúde e até a vida das pessoas.

Em segundo lugar surgia Kinshasa, na República Democrática do Congo, com 140, em terceiro Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, com 135, em quarto Nova Delhi, na Índia, com 112, e em quinto neste triste ranking estava Jerusalém, em Israel, com 104 no índice de medição usado pela plataforma, que segue padrões dos EUA.

Além de ser a cidade mais industrializada do Brasil, São Paulo possui mais de oito milhões de automóveis e outros veículos, acrescidos de muitos milhares originários de outras regiões do país que cruzam a megacidade todos os dias, e está ainda a ser atingida pelo fumo e pelas partículas sólidas da fuligem e outros poluentes provocados pela maior vaga de incêndios da história do Brasil. Como se já não fosse suficiente, a capital paulista, não obstante se estar no Inverno no Brasil, enfrenta temperaturas em redor dos 35 graus, que devem subir ainda mais nos próximos dias, e uma humidade relativa do ar baixíssima, em alguns horários muito próxima à do deserto do Sahara.

Os hospitais estão sobrelotados de pessoas com problemas respiratórios, e quem tem doenças pré-existentes vê os sintomas agravarem-se. O mau cheiro prevalece tanto nas ruas como dentro das casas, variando entre um forte odor de madeira queimada e de gases emitidos pelos automóveis, e mesmo com portas e janelas fechadas os imóveis ficam sujos, pois as partículas sólidas carregadas pelo ar conseguem entrar pelas frestas.

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