A edição de hoje
Em determinado momento foi responsável pela entrada de 80% da cocaína consumida nos EUA e geria o negócio do narcotráfico a partir da prisão desde 1995. Gilberto Rodriguez Orejuela, o maior 'barão' do narcotráfico na Colômbia, foi discretamente entregue às autoridades norte-americanas e já está nos EUA, onde poderá ser condenado a prisão perpétua.
Tudo se passou rapida e discretamente. Ontem à noite, as autoridades colombianas levaram Rodriguez Orejuela até um aeroporto da própria polícia colombiana em Bogotá e entregaram-no a elementos da agência norte-americana de combate ao narcotráfico DEA. O priisoneiro foi colocado num avião e transportado até um aeroporto nos EUA - não revelado - e daí transportado para o estabelecimento pressionário em Miami, onde chegou esta madrugada. "É, talvez, o mais importante narcotraficante preso nos EUA", comentou o secretário-adjunto de Segurança Interna dos EUA para os Assuntos Alfandegários e de Imigração, Michael Garcia.
Conhecido na década de 80 e princípio da de 90 como "Jogador de Xadrez", pela habilidade demosntrada em iludir a polícia, Gilberto Rodriguez Orejuela acabou por ser detido em 1995, mas continuou a gerir o negócio do narcotráfico a partir da prisão. Com a morte de Pablo Escobar, em 1993, Rodriguez Orejuela tornou-se no maior 'barão' colombiano do tráfico de cocaína, comandando praticamente toda essa indústria clandestina. Mantinha a condução dos negócios, mesmo na prisão e apesar de o seu irmão Miguel também estar detido.
Duas semanas depois de o presidente George W. Bush ter visitado a Colômbia e ao cabo de 14 anos de investigação desenvolvida nos EUA, Rodriguez Orejuela foi entregue às autoridades norte-americanas. A Justiça norte-americana acusa-o de contrabando de cocaína e de 'lavagem' de dinheiro (no valor de 2,1 mil milhões de dólares), crimes pelos quais pode ser condenado, respectivamente, a prisão perpétua e a 20 anos de cadeia.
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