Colisão frontal provocou ainda 43 feridos.
Uma comissão criada pelo Instituto Nacional dos Transportes Rodoviários (Inatro) moçambicano vai investigar, juntamente com a polícia e a Rede Viária de Moc¸ambique (Revimo), as circunstâncias do acidente que no domingo matou 23 pessoas no centro do país.
De acordo com o presidente do Inatro, Chinguane Mabote, esta comissão vai realizar trabalhos de peritagem e produzir um relatório sobre o acidente, que provocou ainda 49 feridos, após a colisão frontal entre um autocarro, que alegadamente realizava uma ultrapassagem irregular, e um camião, na estrada Nacional 6 (N6), em Mafambisse, província de Sofala.
"Vamos até às ultimas consequências porque isso que aconteceu aqui é praticamente aquilo que nós podemos chamar de terrorismo rodoviário, não há outra explicação para quem se faz ao volante com a responsabilidade de carregar pessoas", disse ainda Mabote, em declarações aos jornalistas na Beira, capital da província de Sofala.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, lamentou na segunda-feira este acidente, pedindo medidas para travar este flagelo.
"Apelar para que todos nós façamos alguma coisa para que esse tipo de mortes não possam acontecer", disse Nyusi, à margem de uma visita à província de Inhambane, no sul do país.
"Quero através de vós lamentar a perda de 23 moçambicanos no posto administrativo de Mafambisse, vítimas de acidente, choque de dois carros, um autocarro de passageiros que tinha 94 pessoas e um camião (...). A explicação que nos dão até agora: excesso de velocidade e ultrapassagem irregular, sobretudo por parte da viatura que transportava pessoas. Temos três [feridos] muito graves, os restantes 66 com ferimentos ligeiros, mas ficam as marcas no seu corpo", explicou.
As 23 vítimas mortais seguiam a bordo do autocarro dos Transportes Públicos do Dondo (TPD).
Segundo as autoridades, o acidente aconteceu na estrada Nacional 6 (N6), no distrito do Dondo, província de Sofala, na noite de domingo, durante uma ultrapassagem, acabando o autocarro por embater num pesado que seguia em sentido contrário.
"Não sei qual é a pressa que as pessoas têm. O autocarro não tem motivo para fazer corridas, tem horários (...) o que é que ele pretende com essas ultrapassagens e nós perdemos de uma só vez 23 compatriotas", criticou Nyusi.
A polícia moçambicana afirmou que o acidente que provocou a morte de 23 pessoas na província de Sofala resultou da negligência do motorista do autocarro.
"Sim, houve negligência por parte do motorista [do autocarro]", esclareceu Cassimo Aly, do comando provincial da Beira da Polícia da República de Moçambique (PRM), explicando que dos 23 óbitos, incluindo três crianças, 17 morreram no local, enquanto os restantes perderam a vida a caminho do Hospital Central da Beira.
Moçambique registou mais de 4.800 mortos em acidentes de viação nos últimos cinco anos, de acordo com dados revelados em 22 de maio pelo Governo, que apela ao envolvimento da sociedade para travar o flagelo.
"A situação de segurança rodoviária em Moçambique é deveras preocupante, na medida em que nos últimos cinco anos, por exemplo, morreram 4.812 pessoas nas nossas estradas, em resultado de 5.459 acidentes de viação", disse o secretário permanente do Ministério dos Transportes e Comunicações, Ambrósio Sitoe.
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