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Johnson & Johnson supervisiona fábrica onde foram danificadas 15 milhões de vacinas

Farmacêutica sublinhou que as doses da sua vacina distribuídas até agora "cumpriram com os rigorosos padrões de qualidade da empresa".

04 de abril de 2021 às 17:57

A Johnson & Johnson vai supervisionar a fábrica da Emergent BioSolutions onde cerca de 15 milhões de doses da vacina da farmacêutica norte-americana foram danificadas durante a produção, foi hoje divulgado.

Segundo o jornal The New York Times, trata-se de uma "medida extraordinária" do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS, sigla em inglês), depois de ter sido divulgado que na instalação situada em Baltimore (Maryland) foram misturados ingredientes das vacinas da Johnson & Johnson e da farmacêutica AstraZeneca.

A decisão prevê igualmente que o laboratório já não produzirá a vacina da AstraZeneca, que ainda não obteve autorização da Administração de Alimentos e Medicamentos (Food and Drug Administration, FDA) para ser distribuída nos Estados Unidos.

Em comunicado, a Johnson & Johnson indicou no sábado que está a assumir "toda a responsabilidade quanto ao fabrico da substância farmacológica para a sua vacina covid-19 nas instalações da Emergent BioSolutions".

"A companhia está a juntar quadros dedicados às operações e à qualidade, e a aumentar significativamente o número de funcionários e técnicos de operações de fabrico e qualidade, para trabalhar com os especialistas da empresa que já estão na Emergent", afirma o comunicado, sem mais detalhes.

A farmacêutica, com sede em New Brunswick (Nem Jersey), sublinhou que as doses da sua vacina distribuídas até agora "cumpriram com os rigorosos padrões de qualidade da empresa e os regulamentos" e antecipou que, no final de maio, entregará "cerca de 100 milhões de doses individuais" ao Governo dos Estados Unidos.

"A empresa continua a trabalhar em estreita colaboração com a Food and Drug Administration dos Estados Unidos para garantir a autorização de uso de emergência das instalações da Emergent", acrescentou.

Na quarta-feira, a empresa anunciou ter identificado um lote que "não cumpria com os padrões de qualidade na Emergent Biosolutions" e assegurou que o processo de fabrico dessas vacinas não tinha chegado a ser finalizado.

Segundo o comunicado, a fábrica ainda não está autorizada a fabricar o fármaco para a sua vacina.

O The New York Times noticiou que a FDA ainda não entregou para distribuição nenhuma das doses da Johnson & Johnson fabricadas pela Emergent e adiantou que serão necessárias semanas até que receba autorização para distribuir as que já tenha produzido.

A fábrica da Emergent recebeu 628 milhões de dólares em junho de 2020 como parte da iniciativa liderada pela então administração de Donald Trump para desenvolver vacinas contra o coronavírus SARS-Cov-2, acrescenta o diário nova-iorquino.

Esta unidade foi contratada pela Johnson e Johnson e pela AstraZeneca, acrescentou.

Os Estados Unidos têm um total de 30.668.826 casos confirmados de covid-19 e registaram até ao momento 554.779 mortos devido à doença.

Segundo os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), 104,2 milhões de pessoas (cerca de 31,4% da população norte-americana) já receberam pelo menos uma dose da vacina, estando 59,8 milhões (18%) totalmente inoculadas.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.847.182 mortos no mundo, resultantes de mais de 130,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China

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