Violência em Cabo Delgado já provou mais de duas mil mortes e 670 mil pessoas desalojadas e sem alimentos.
As necessidades das crianças deslocadas em Cabo Delgado, norte de Moçambique, "superam em muito os recursos disponíveis para apoiá-las" e muitas vezes elas são o alvo de violência, alertou a organização humanitária 'Save the Children', esta terça-feira.
"A ajuda é desesperadamente necessária, mas poucos doadores priorizaram a assistência para aqueles que perderam tudo e para os seus filhos", numa altura em que o mundo lida também com a Covid-19, refere Chance Briggs, diretor da organização em Moçambique, citado em comunicado.
"Enquanto o mundo estava focado na Covid-19, a crise de Cabo Delgado cresceu e foi menosprezada", acrescentou.
A 'Save the Children' referiu que "quase um milhão de pessoas enfrenta fome severa" como resultado direto da onda de deslocados provocada pelo conflito armado na região, incluindo pessoas deslocadas e comunidades anfitriãs.
Como reflexo da pirâmide etária do país, cerca de metade das pessoas afetadas pela violência são menores de 18 anos, presenciando muitas vezes morte e destruição e sendo elas próprias alvo das partes em conflito.
"Todas as partes devem garantir que as crianças nunca sejam alvos. Devem respeitar as leis humanitárias internacionais e de direitos humanos e tomar todas as ações necessárias para minimizar os danos civis, incluindo o fim de ataques indiscriminados e desproporcionais contra crianças", acrescentou Briggs.
"Os relatos de ataques a crianças incomodam-nos profundamente. A nossa equipa foi levada às lágrimas ao ouvir as histórias de sofrimento contadas por mães em campos de deslocados", sublinhou. A organização denuncia ainda no relatório casos de crianças decapitadas por terroristas em Cabo Delgado.
A violência armada em Cabo Delgado está a provocar uma crise humanitária, com mais de duas mil mortes e 670 mil pessoas deslocadas, sem habitação, nem alimentos.
Algumas das incursões de rebeldes foram reivindicadas pelo grupo 'jihadista' Daesh entre junho de 2019 e novembro de 2020, mas a origem dos ataques continua sob debate.
A situação de insegurança levou a petrolífera Total a diminuir o número de trabalhadores e a abrandar os trabalhos no megaprojeto de gás na região, até que seja garantido um perímetro de segurança pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambicanas.
No entanto, mantém-se a previsão de início de exportação de gás natural liquefeito em 2024.
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