Refugiados procuram novas rotas depois de a Hungria aprovar regras anti-imigração.
A Croácia é agora a rota alternativa para os milhares de migrantes e refugiados que tentam entrar na Europa, depois de a Hungria ter fechado as fronteiras. As medidas restritivas do governo de Viktor Orbán fizeram aumentar a tensão na fronteira com a Sérvia, onde ontem se registaram confrontos. Durante a tarde, a polícia respondeu com canhões de água e gás lacrimogéneo a cerca de 300 ilegais que arremessaram pedras e garrafas, enquanto furavam a barreira.
A entrada das primeiras 150 pessoas na Croácia foi facilitada pelo primeiro-ministro, Zoran Milanovic, que anunciou a permissão para atravessar o país.
"Estamos dispostos a aceitar estas pessoas, seja qual for a sua religião ou cor da pele, e encaminhá-las para onde querem ir, a Alemanha e a Escandinávia", disse, salientando ainda a sua discordância face à política de Budapeste, que diz ser "prejudicial e perigosa". Depois de ter erguido uma vedação ao longo dos 175 km de fronteira com a Sérvia, o PM húngaro anunciou a intenção de construir mais cercas nas fronteiras com a Roménia e a Croácia.
O governo croata deslocou seis mil efetivos para as fronteiras, de modo a gerir o registo dos migrantes, na maioria sírios e afegãos. Mas do lado húngaro mantém-se a pressão e desde dia 15 já foram detidas 366 pessoas que tentavam entrar ilegalmente no país. A nova lei prevê pena de até três anos de prisão ou cinco no caso de terem armas ou danificarem a cerca.
Também o ex-presidente francês e líder republicano, Nicolas Sarkozy, quer endurecer a política migratória e defende ações dissuasoras na Europa, com menos ajuda social para todos os estrangeiros.
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