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Cuba acorda sem internet, com dezenas de detidos e presidente a chamar "mercenários" a manifestantes

Forte presença policial inunda ruas de Havana após manifestações.

13 de julho de 2021 às 10:11

Milhares de pessoas manifestaram-se contra o regime cubano no domingo após ter sido registado um novo recorde diário de mortos (47) e de contágios (6923) devido à Covid-19. Os pontos-chave que explicam a revolta são a gestão da pandemia, o colapso da economia que resultou em falta de alimentos e remédios para os cubanos e o aumento dos preços. 

Como consequência dos protestos, Cuba 'acordou' sem Internet móvel, com dezenas de manifestantes detidos e com o presidente cubano a rotular quem protestou como "mercenários". 

O clima de tensão é notório e as ruas de Havana encheram-se com um forte dispositivo policial. Nas redes sociais foi possível ver as forças de segurança a deter manifestantes com grande violência. Agressões e gás-pimenta fizeram parte do 'menu' policial para as detenções. 

Números recolhidos pelo centro de ajuda legal Cubalex estimam que cerca de 100 pessoas tenham sido presas no domingo.

Os manifestantes, na sua maioria jovens, pediram o fim da ditadura, alimentos e vacinas com gritos de "liberdade". 

O regime respondeu com repressão e o presidente, Díaz-Canel, pediu aos seus apoiantes para enfrentarem as provocações e defenderem o governo com a própria vida.Jipes das Forças Armadas com metralhadoras foram colocados em Havana. O presidente dos EUA, Joe Biden, emitiu uma nota a pedir a Havana para ouvir os cubanos: “Estamos com o povo cubano e com o seu apelo claro por liberdade".

“A ordem de combate está dada, os revolucionários às ruas”, exortou na televisão, responsabilizando os EUA pelos distúrbios. Segundo testemunhas, houve violência policial em ambas as manifestações e foram detidas dezenas de pessoas. Entre elas, o padre Castor José Alvarez, em Camagüey, no centro da ilha.

Jipes das Forças Armadas com metralhadoras foram colocados em Havana. O presidente dos EUA, Joe Biden, emitiu uma nota a pedir a Havana para ouvir os cubanos: “Estamos com o povo cubano e com o seu apelo claro por liberdade".

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