A edição de hoje
Número de travessias da fronteira caiu drasticamente nos últimos meses, com mínimos históricos de aproximadamente 4.600 em julho e 6 mil em junho.
O muro que separa os Estados Unidos do México vai ser pintado de preto. A ideia foi do presidente norte-americano, Donald Trump, e tem como objetivo tornar o muro mais quente e, assim, mais difícil de escalar, como comunicou a secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem.
"Ele entende que, com as altas temperaturas aqui, quando algo é pintado de preto, fica ainda mais quente e torna ainda mais difícil para as pessoas escalarem", disse Noem.
Os funcionários da Patrulha de Fronteira também dizem que a tinta preta ajudará a evitar que o muro enferruje.
A pintura do muro é mais uma das medidas de repressão à imigração ilegal que Donald Trump tem vindo a implementar desde o início do mandato. No início do verão, foi aprovado um projeto de lei de Trump que alocou 46 milhões de dólares americanos (pouco mais de 39 milhões de euros) para aumentar a altura e a extensão do muro.
Segundo indicou Kristi Noem, citada pela BBC, são construídos todos os dias cerca de 0,8 quilómetros de muro ao longo da fronteira de quase 3.218 quilómetros.
A BBC indica que o número de travessias da fronteira caiu drasticamente nos últimos meses, com mínimos históricos de aproximadamente 4.600 em julho e 6 mil em junho — uma redução de 92% em relação ao ano anterior.
No início de agosto, a secretária de Segurança Interna do país disse que um total de 1.6 milhões de imigrantes indocumentados deixaram os EUA durante os primeiros 200 dias da Administração Trump, não tendo especificado quantos foram deportados e quantos partiram por conta própria. Na mesma altura, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que um total de 300 mil imigrantes indocumentados foram detidos no interior dos EUA, desde janeiro.
Embora o governo continue a afirmar que está a dar prioridade a imigrantes ilegais com antecedentes criminais, organizações defensoras da imigração alertam que também foram alvo de deportações ou detenções muitos cidadãos estrangeiros sem acusações criminais ou apenas com infrações menores.
Durante o governo Biden, as detenções chegaram a atingir uma média de 6 mil por dia, indica a mesma fonte.
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