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Donald Trump volta a sugerir ataques terrestres na Venezuela

"Vai começar a acontecer", afirmou o presidente dos EUA em resposta à possibilidade de uma incursão por terra ao país.

13 de dezembro de 2025 às 07:22

O Presidente norte-americano, Donald Trump, voltou a sugerir esta sexta-feira que o país vai iniciar ataques terrestes na Venezuela, indicando que essas operações serão contra "pessoas horríveis que estão a trazer drogas" para os Estados Unidos.

"E agora começamos por terra [os ataques]. E por terra é muito mais fácil. E isso vai começar a acontecer", indicou o chefe de Estado numa conferência de imprensa na Sala Oval da Casa Branca ao ser questionado sobre a situação com a Venezuela.

Em seguida, porém, acrescentou uma nuance importante: os ataques terrestes não têm "necessariamente de ser na Venezuela, os nossos alvos são as pessoas que trazem drogas para o nosso país".

Trump afirmou que a Administração norte-americana eliminou o tráfico de drogas "a níveis nunca antes vistos", em concreto, a "96% das drogas que chegam por via marítima", ironizando relativamente aos 4% restantes, numa referência aos ataques perpetrados pelas forças dos Estados Unidos no Mar das Caraíbas contra navios que alegadamente transportavam drogas e pelos quais Trump foi acusado de cometer "assassinatos extrajudiciais".

Entre risos e em tom de brincadeira, o Presidente norte-americano disse que não gostaria de fazer parte desses 4% e em seguida perguntou aos presentes no Salão Oval: "Querem ir pescar nessa zona? Alguém quer ir pescar nessa zona? Acho que não".

Os bombardeamentos norte-americanos contra mais de duas desenas de embarcações já causaram acima de 80 mortos.

Donald Trump escusou-se, por outro lado, a revelar quais serão as próximas ações dos Estados Unidos em relação ao petróleo venezuelano, depois da apreensão de um petroleiro com petróleo venezuelano ao largo da costa do país latino-americano na passada quarta-feira.

O inquilino da Casa Branca dirigiu ainda críticas contra a Colômbia --- contra cujo Presidente, Gustavo Petro, disse já que seria "o próximo" na luta contra o narcotráfico ---, embora a tenha diferenciado da situação venezuelana. "A Colômbia tem, pelo menos, três fábricas de cocaína. É um país diferente. Não estamos felizes com isso. Mas estamos a detê-lo", disse.

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