Está previsto um orçamento de 524 milhões de euros para projeto e estará terminado no terceiro trimestre de 2022.
A empresa norte-americana Sun Africa, especializada em energia, vai lançar na quinta-feira a construção de um megaprojeto fotovoltaico e de baterias em Angola, que produzirá 370 megawatts (MWp) em sete centrais.
O início do megaprojeto, orçamentado em 524 milhões de euros e que a empresa prevê que esteja terminado no terceiro trimestre de 2022, será marcado com o lançamento da pedra fundamental em Biópio, na província de Benguela, que acolherá o maior dos projetos.
A central de produção de Biópio terá uma capacidade de produção prevista de 188 megawatts e será "o maior projeto solar individual da África Subsaariana", de acordo com um comunicado da Sun Africa.
Segundo a nota, o projeto usará equipamento das empresas Hitachi-ABB, Hanwha Q-Cells e NEXTracker e será construído pelo grupo empresarial português MCA.
"A capacidade total dos sete projetos solares será de 370 megawatts e trará benefícios significativos ao fornecimento de eletricidade de Angola", assinala o comunicado, que refere que este megaprojeto "marcará um novo rumo na diversificação do fornecimento de energia e da economia" do país.
A empresa norte-americana, subsidiária da Urban Green Technologies, sublinha que "além da riqueza em hidrocarbonetos, Angola tem luz solar abundante e uma das maiores irradiações solares no continente africano".
Cinco dos projetos que integram este megaprojeto estarão ligados à rede energética principal, enquanto os restantes dois estarão ligados a áreas rurais.
"Estes parques solares vão, assim, trazer uma nova vertente de energia renovável sustentável a milhares de angolanos em várias partes do país", acrescenta a nota.
Segundo o portal da Sun Africa, a central de Biópio será a que terá a maior produção (188,88 MWp), seguindo-se as de Benguela (96,7 MWp), Saurimo, no Lunda Sul (26,91 MWp), Luena, no Moxico (26,91 MWp), Cuito, no Bié (14,65 MWp), Bailundo, no Huambo (7,99 MWp) e Lucapa, na Lunda Norte (7,2 MWp).
Citado na nota de imprensa, o presidente do conselho administrativo da Sun Africa, Nikola Krneta, considerou que os avanços do megaprojeto são "um feito incrível dados os atuais desafios de financiamento -- e outros -- devido à pandemia de covid-19".
"Demonstra a dedicação e capacidade de todos os nossos parceiros, assim como a visão do Governo angolano", assinalou Krneta.
O financiamento do megaprojeto está a cargo da SEK (agência de promoção de exportações da Suécia), com garantias da Agência Sueca de Crédito à Exportação (EKN).
No comunicado, Krneta agradece aos seus parceiros e aos governos de Angola, Suécia e Estados Unidos pelo "apoio continuado e direto ao longo do processo de desenvolvimento" e pela "ajuda a concretizar" o projeto.
Em novembro, numa nota enviada à Lusa, o grupo MCA tinha anunciado a sua participação neste megaprojeto ao divulgar que iria instalar um milhão de painéis solares, salientando que o investimento dará "energia suficiente para servir 2,4 milhões de pessoas, num território com carências no abastecimento e no acesso à rede pública, sobretudo em meios rurais".
Segundo a empresa portuguesa, a instalação dos novos equipamentos vai evitar a emissão de 935953 toneladas de dióxido de carbono por ano.
A nota divulgada esta quarta-feira pela Sun Africa explica que estes painéis solares são fabricados na Coreia do Sul, enquanto a maioria dos equipamentos a utilizar são enviados dos Estados Unidos da América e da Suécia.
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