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Empresas da zona euro consideram impacto do acordo tarifário com EUA negativo

Impacto deve-se também ao aumento da concorrência das importações.

31 de outubro de 2025 às 15:39

As empresas da zona euro consideram o impacto do acordo tarifário entre a União Europeia (UE) e os EUA como negativo para a atividade económica e os preços ao produtor.

Segundo um inquérito publicado esta sexta-feira pelo Banco Central Europeu (BCE), que contou com representantes de 71 empresas não financeiras que operam na zona do euro entre 29 de setembro e 9 de outubro, a reação ao acordo comercial "foi mista, e o impacto sobre a atividade na zona euro e os preços ao produtor ainda foi considerado negativo".

"Alguns contactos saudaram o acordo como um compromisso razoável, mas muitos observaram que a incerteza persistia, visto que os detalhes permaneciam obscuros, mudanças poderiam ocorrer e ainda faltavam acordos com outras grandes economias", explicou o BCE.

O impacto sobre a atividade na zona euro foi avaliado como negativo, não apenas devido à redução das exportações para os EUA, mas também devido ao aumento da concorrência das importações, já que o mercado da UE é o mais exposto ao redirecionamento dos fluxos comerciais.

Portanto, a maioria dos inquiridos nas indústrias de transformação indicou que as tarifas americanas estavam a afetar negativamente os preços ao produtor na zona euro.

Os contactos com empresas exportadoras para os EUA indicaram que a maior parte dos custos tarifários foi trasmitida para os clientes americanos, embora uma parcela significativa tenha sido absorvida pelas margens de lucro.

Pouco impacto direto sobre os preços na zona do euro foi relatado, seja por através dos preços gerais ou pela mitigação do impacto sobre as margens.

Em julho, foi fechado um acordo político para limitar em 15% as tarifas norte-americanas sobre as importações europeias, após vários meses de ameaças de Washington a Bruxelas.

Este acordo comercial entre os maiores parceiros económicos do mundo prevê tarifas norte-americanas de até 15% para a grande maioria dos produtos, incluindo automóveis e produtos farmacêuticos.

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