A edição de hoje
Francisco Wanderley Luiz pediu aos seguidores que não chorassem por ele.
O homem-bomba que se fez explodir na noite desta quarta-feira junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro, em Brasília, após ser impedido de entrar no edifício com uma mochila cheia de explosivos, deixou uma mensagem de despedida nas suas redes sociais. Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, que em 2020 chegou a ser candidato a vereador na sua cidade, Rio do Sul, no estado de Santa Catarina, pelo Partido Liberal, o mesmo de Jair Bolsonaro, pediu aos seguidores que não chorassem por ele.
“Vamos brindar???? Não chores por mim, sorria!!! Entrego minha vida para que as crianças cresçam com liberdade.” - Escreveu Francisco, conhecido como Tio França, evidenciando que já tinha premeditado explodir-se, exibindo ao lado da mensagem uma foto empunhando o que parece ser uma taça de vinho, como se brindasse.
Horas depois dessa mensagem, Tio França fez explodir o próprio carro, que deixara no estacionamento da Câmara dos Deputados, na Praça dos Três Poderes, no centro de Brasília, onde se localizam o Congresso, o Palácio do Planalto (sede da presidência da República), e o Supremo Tribunal Federal. Logo em seguida, com uma mochila cheia de explosivos, atravessou a praça e tentou entrar no STF, mas foi impedido pela segurança.
Então, de acordo com o relato de um dos seguranças do tribunal que lhe impediu a entrada no edifício, onde na altura acontecia uma sessão com todos os juízes, Wanderley decidiu pôr fim à própria vida. Francisco, que era um empreendedor de sucesso na vida noturna da sua cidade, deitou-se no chão da praça, colocou a mochila cheia de bombas sobre a cabeça e acionou os explosivos.
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