Três reclusos conseguiram sair de Alcatraz... mas ninguém sabe se sobreviveram ao mar gelado de São Francisco.
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Desde 11 de junho de 1962 que a fuga de três prisioneiros da famosa prisão de Alcatraz, na ilha com o mesmo nome, está envolta em mistério. A missão, tão sonhada como difícil, alimentou grandes teorias durante anos.
O dado adquirido como mais certo era de que os três fugitivos tinham morrido na tentativa de escapar à cadeia, provavelmente afogados nas águas da Baía de São Francisco, nos Estados Unidos da América. Os corpos de Frank Lee Morris, e os irmãos John e Clarence Anglin, contudo, nunca foram encontrados, recorda o jornal ABC
As centenas de provas nunca foram suficientes para calar os rumores. O caso só foi encerrado em 1979, depois de estrear um filme de Clint Eastwood sobre a fuga.
Desde então muitos têm sido os documentários e entrevistas, a colegas de cela dos prisioneiros, que foram realizados sobre esse dia histórico. No entanto, nem todos se convencem da morte no mesmo dia em que saíram de Alcatraz.
"Os três presos fizeram um buraco nos muros da prisão. Usaram apenas colheres. Se ficaram em liberdade, foi a primeira vez que alguém o conseguiu, nesta prisão que é considerada 'a mais segura do mundo'. A água, no momento da fuga, teria uma temperatura de 12 graus e correntes de mais de 13 quilómetros por hora", relatou o jornal ABC, três dias após a fuga.
O plano detalhado e um caso que nunca teve conclusão
Além das colheres de metal que trouxeram do refeitório, durante 18 meses, os reclusos usaram um berbequim elétrico improvisado com o motor de um aspirador.
Para enganar os guardas, fingindo que estariam a dormir, fizeram cabeças de bonecos com cabelo, papel higiénico, gesso e tintas. Esse truque foi essencial para ganhar tempo.
Os presos treparam postes e percorreram um longo caminho pelos sistemas de ventilação da cadeia, antes de deslizarem numa chaminé de 15 metros que ia dar aos chuveiros.
O FBI avança que saltaram para a água entre as 20h e as 2h. A partir daí, o paradeiro é desconhecido.
Alguns dias depois foram encontrados alguns pertences dos fugitivos. Até hoje, as autoridades norte-americanas já receberam centenas de chamadas, todas elas inconclusivas, até que...
A carta misteriosa: "Escapámos por um triz"
Em 2013, quando o caso já caía no esquecimento, a Polícia de São Francisco recebeu uma carta assinada, alegadamente, por um dos envolvidos na fuga.
"Chamo-me John Anglin. Fugi de Alcatraz em junho de 1962 com o meu irmão Clarence e com Frank Morris. Tenho 83 anos e estou a passar mal. Tenho cancro. Sim, conseguimos fugir... mas por um triz!. Se anunciarem, na televisão, que só irei preso um ano e me garantirem que vou ter tratamento médico, prometo que escrevo a dizer onde estou. Não é brincadeira", diz a carta, citada pelo ABC.
O documento foi analisado pelo FBI para entender se era verídica, mas, mais uma vez, os resultados não deram em nada. Segundo avançou a agência, a carta também detalhava que Morris tinha morrido em 2008 e o seu irmão em 2011.
Anglin teria vivido muitos anos em Seattle, Washington, Dakota do Norte e Carolina do Sul. Apesar do caso ter sido reaberto, o seu autor nunca foi localizado.
Em 2014, um estudo de uma universidade holandesa em Delft apresentou uma investigação que simulava os movimentos dos reclusos. O estudo considerou que a fuga era possível.
Em 2015, um documentário do Canal História mostrou uma fotografia dos irmãos fugitivos no Brasil, que um investigador disse que era "muito provavelmente" verdadeira.
Contudo, e como as muitas provas anteriores, nada levou à conclusão do caso que continua a alimentar rumores e teorias.
Prisão serve hoje de museu
Pelas celas californianas passaram 1576 prisioneiros, tais como Al Capone, Robert Franklin Stroud e James J. Bulger, além dos fugitivos que em 1962 protagonizaram uma das fugas mais históricas do mundo.
Ao todo, 36 reclusos tentaram fugir.
A prisão foi encerrada em 1963 devido aos altos custos de manutenção e, hoje em dia, serve de museu e é uma das principais atrações turísticas de São Francisco.
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