Tempestade matou sete pessoas.
Três dias depois da violenta tempestade com chuvas torrenciais e ventos superiores a 103 quilómetros por hora que desabou sobre São Paulo na tarde da passada sexta-feira, matando sete pessoas, parte da maior cidade do Brasil continuava na manhã desta segunda sem energia, sem água, e com a mobilidade limitada por árvores e postes caídos nas vias. De acordo com a ENEL, a concessionária de fornecimento de energia para São Paulo e outras 23 cidades da região metropolitana, só amanhã, terça-feira, a situação se irá aproximar da normalidade na maior parte da capital paulista, mas ainda vão continuar a registar-se problemas em algumas regiões por vários dias.
Às 7 da manhã desta segunda-feira, 10 horas em Lisboa, pelo menos 700 mil imóveis da cidade de São Paulo permaneciam sem energia elétrica, o que afetava diretamente quase três milhões dos 12 milhões de habitantes da gigantesca cidade. Como a energia acabou sexta-feira, dia 3, início de mês, muitas famílias perderam desde aí as compras que costumam fazer para todo o mês ao receberem o ordenado, e mercados de bairro, igualmente sem energia, fizeram no fim de semana, promoções com os alimentos que necessitam de refrigeração e começavam a deteriorar-se.
Sem energia, as estações elevatórias da Sabesp, a concessionária do fornecimento de água a milhões de paulistas não tem conseguido abastecer parte da cidade, e, pelo mesmo motivo, os prédios também não conseguiam fazer a água chegar aos apartamentos. Devido à falta de energia e à queda de torres com antenas, boa parte da mega-metrópole continuava esta segunda sem internet e telefone, ampliando ainda mais a angústia das famílias.
Em vários bairros da cidade, o cenário ainda é de caos esta segunda-feira, com árvores gigantescas atravessadas em vias importantes, postes de energia e fios por todo o lado. Funcionários camarários e bombeiros têm-se desdobrado na tentativa de serrar as árvores, mas dependem primeiro da chegada dos técnicos da ENEL para verificarem se os fios que elas arrastaram ao cair estão ou não energizados, num círculo vicioso que irrita ainda mais os moradores, que não sabem mais a quem recorrer, pois os telefones de emergência tanto da edilidade quanto das concessionárias estão fora do ar desde sexta.
Ao todo, de acordo com os números mais atualizados pelos bombeiros, 1281 árvores caíram em São Paulo durante a tempestade e arrancaram centenas de postes e quilómetros de fios, tendo sido as responsáveis pelas sete mortes, pois todas as vítimas foram atingidas por árvores ou muros arrastados pelo desmoronamento delas. Esta segunda-feira, pelo menos 125 dessas árvores ainda não tinham sido desmembradas, e muitas das outras continuavam a dar dores de cabeça, pois ficaram amontoadas de qualquer maneira nos passeios ou na faixa de rodagem à espera de remoção definitiva, limitando a mobilidade.
No interior das casas e apartamentos, além da falta de energia e de água, muitos habitantes da maior cidade do Brasil enfrentavam ainda outros dramas pessoais ou familiares, que, em alguns casos, colocavam vidas em risco. Moradores com doenças graves ligados a respiradores domiciliares ou outros equipamentos de saúde tiveram que ser removidos para casa de familiares ou amigos onde houvesse energia, e pessoas que usam medicamentos que têm de ficar acondicionados em temperaturas baixas tentavam não os perder ao comprarem gelo ou recorrendo também à solidariedade de terceiros.
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