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Milhões em São Paulo sem energia e água 24 horas após tempestade que matou seis pessoas

Durante o vendaval, mais de 1200 árvores caíram ou foram arrancadas pela raiz pela força dos ventos, levando com elas fios e postes de energia.

04 de novembro de 2023 às 20:49

Milhões de moradores de São Paulo, a maior cidade do Brasil, e de diversas cidades da área metropolitana estavam às 16h30 deste sábado (19h30 em Lisboa), sem energia elétrica, sem água ou internet, 24 horas depois da violenta tempestade que atingiu aquela metrópole na tarde de sexta-feira, matando seis pessoas atingidas por muros e árvores que desmoronaram. A concessionária de fornecimento de energia de São Paulo e de outras 23 cidades da região, a empresa ENEL, colocou nas ruas todas as suas equipas de emergência, mas a situação estava a essa hora muito longe de ser resolvida, dada a dimensão dos estragos provocados por pouco mais de uma hora de chuva torrencial e, principalmente, por ventos que superaram os 103 km por hora.

De acordo com a ENEL, pelo menos 2,1 milhões de imóveis residenciais, comerciais e outros onde residem ou trabalham muitos milhões de pessoas, ficaram sem energia a partir das 16 horas de sexta, no pior momento da tempestade, e não há como atender a todos em tempo breve. A empresa estava este sábado a priorizar o restabelecimento de energia a hospitais, a outros serviços essenciais como a segurança pública, transporte sobre trilhos e estações de distribuição de água, bem como a escolas, pois este domingo milhões de estudantes vão participar no ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio, que dá acesso a universidades de todo o Brasil e outros países, incluindo Portugal, mas a previsão mais otimista é que só se chegasse perto da normalidade terça ou quarta-feira da próxima semana.

Na tarde deste sábado, havia falta de energia em bairros de todas as regiões da imensa cidade de São Paulo, que tem 12 milhões de habitantes, mas as áreas mais afetadas eram as zonas sul e oeste. Faltava luz, entre outros, nos bairros de Moema, Morumbi, Santo Amaro, Campo Limpo, Ipiranga, Guarapiranga e Vila Mariana, na zona sul, em Perdizes, Butantân, e Sumaré, na zona oeste, e na Penha, Vila Prudente e Aricanduva, na zona leste, mas por toda a capital paulista, mesmo onde havia energia, o fornecimento oscilava bastante, registando-se interrupções ao longo do dia.

Sem energia, várias regiões também estavam sem acesso à internet e sem água, pois as estações elevatórias não tinham como funcionar. A concessionária do fornecimento de água, a Sabesp, pediu aos moradores para economizarem o mais que pudessem, pois não havia previsão de quando a situação seria totalmente normalizada.

Durante o vendaval, muito mais violento do que costuma acontecer em São Paulo, mais de 1200 árvores (número atualizado este sábado) caíram ou foram arrancadas pela raiz pela força dos ventos, levando com elas fios e postes de energia. Segundo a concessionária, há bairros onde praticamente toda a rede de transmissão de energia foi destruída e o conserto vai ter de ser feito praticamente do zero e pode levar vários dias.

Além desse caos provocado na distribuição de energia e de água, o temporal de sexta-feira matou seis pessoas, todas elas transeuntes atingidos pela queda de muros e de árvores. Este sábado, quase todos os parques, museus e bibliotecas da capital paulista ficaram fechados ao público, e muitas importantes ruas e avenidas continuavam bloqueadas por enormes árvores caídas durante a tempestade e que uma legião de bombeiros e funcionários camarários serrava para desobstruir as vias.

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