Durante o vendaval, mais de 1200 árvores caíram ou foram arrancadas pela raiz pela força dos ventos, levando com elas fios e postes de energia.
Milhões de moradores de São Paulo, a maior cidade do Brasil, e de diversas cidades da área metropolitana estavam às 16h30 deste sábado (19h30 em Lisboa), sem energia elétrica, sem água ou internet, 24 horas depois da violenta tempestade que atingiu aquela metrópole na tarde de sexta-feira, matando seis pessoas atingidas por muros e árvores que desmoronaram. A concessionária de fornecimento de energia de São Paulo e de outras 23 cidades da região, a empresa ENEL, colocou nas ruas todas as suas equipas de emergência, mas a situação estava a essa hora muito longe de ser resolvida, dada a dimensão dos estragos provocados por pouco mais de uma hora de chuva torrencial e, principalmente, por ventos que superaram os 103 km por hora.
De acordo com a ENEL, pelo menos 2,1 milhões de imóveis residenciais, comerciais e outros onde residem ou trabalham muitos milhões de pessoas, ficaram sem energia a partir das 16 horas de sexta, no pior momento da tempestade, e não há como atender a todos em tempo breve. A empresa estava este sábado a priorizar o restabelecimento de energia a hospitais, a outros serviços essenciais como a segurança pública, transporte sobre trilhos e estações de distribuição de água, bem como a escolas, pois este domingo milhões de estudantes vão participar no ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio, que dá acesso a universidades de todo o Brasil e outros países, incluindo Portugal, mas a previsão mais otimista é que só se chegasse perto da normalidade terça ou quarta-feira da próxima semana.
Na tarde deste sábado, havia falta de energia em bairros de todas as regiões da imensa cidade de São Paulo, que tem 12 milhões de habitantes, mas as áreas mais afetadas eram as zonas sul e oeste. Faltava luz, entre outros, nos bairros de Moema, Morumbi, Santo Amaro, Campo Limpo, Ipiranga, Guarapiranga e Vila Mariana, na zona sul, em Perdizes, Butantân, e Sumaré, na zona oeste, e na Penha, Vila Prudente e Aricanduva, na zona leste, mas por toda a capital paulista, mesmo onde havia energia, o fornecimento oscilava bastante, registando-se interrupções ao longo do dia.
Sem energia, várias regiões também estavam sem acesso à internet e sem água, pois as estações elevatórias não tinham como funcionar. A concessionária do fornecimento de água, a Sabesp, pediu aos moradores para economizarem o mais que pudessem, pois não havia previsão de quando a situação seria totalmente normalizada.
Durante o vendaval, muito mais violento do que costuma acontecer em São Paulo, mais de 1200 árvores (número atualizado este sábado) caíram ou foram arrancadas pela raiz pela força dos ventos, levando com elas fios e postes de energia. Segundo a concessionária, há bairros onde praticamente toda a rede de transmissão de energia foi destruída e o conserto vai ter de ser feito praticamente do zero e pode levar vários dias.
Além desse caos provocado na distribuição de energia e de água, o temporal de sexta-feira matou seis pessoas, todas elas transeuntes atingidos pela queda de muros e de árvores. Este sábado, quase todos os parques, museus e bibliotecas da capital paulista ficaram fechados ao público, e muitas importantes ruas e avenidas continuavam bloqueadas por enormes árvores caídas durante a tempestade e que uma legião de bombeiros e funcionários camarários serrava para desobstruir as vias.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.