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Estado do Texas investiga Shein por práticas laborais pouco éticas e produtos

Investigação irá também analisar as práticas de recolha de dados e de privacidade da retalhista chinesa, que podem representar riscos para milhões de consumidores norte-americanos.

02 de dezembro de 2025 às 00:05

O procurador-geral do Texas, Ken Paxton, anunciou hoje que abriu uma investigação contra a empresa chinesa Shein por possíveis violações da lei estadual relacionadas com práticas laborais pouco éticas e a venda de produtos de consumo inseguros.

Especificamente, Paxton está a investigar a Shein US Services LLC, subsidiária norte-americana da gigante chinesa do retalho 'online', e as suas afiliadas.

O procurador-geral espera determinar se a cadeia de abastecimento e as práticas de fabrico do retalhista violam a lei do Texas ao utilizar materiais tóxicos ou perigosos, enganar os consumidores sobre a segurança dos produtos e o fornecimento ético, explicou em comunicado.

A investigação irá também analisar as práticas de recolha de dados e de privacidade da retalhista chinesa, que podem representar riscos para milhões de consumidores norte-americanos.

"Qualquer empresa que viole as normas laborais ou de segurança dos produtos, especialmente as que operam em países estrangeiros como a China, será responsabilizada", afirmou Ken Paxton.

A Shein gerou mais de 30.000 milhões de dólares em receitas globais em 2023, segundo dados citados pelo gabinete da Procuradoria-Geral do Texas.

Embora a empresa chinesa se promova como uma retalhista responsável e inovadora, vários relatos levantaram sérias preocupações sobre a sua dependência do trabalho forçado, a utilização de materiais inseguros nos seus produtos e as práticas de marketing enganosas, argumentou Ken Paxton ao abrir a investigação.

"Não permitirei que produtos estrangeiros baratos e perigosos inundem os Estados Unidos e coloquem a nossa saúde em risco", salientou Paxton.

A empresa, que opera principalmente 'online' e oferece uma vasta gama de vestuário, acessórios e produtos de decoração para a casa, enfrenta também um processo em França, onde uma coligação de federações comerciais a acusa de concorrência desleal.

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