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Estados Unidos apoiam decisão de adiar Cimeira das Américas para 2026

"Situação na região" motivada pela presença de navios de guerra americanos nas Caraíbas justifica o adiamento.

04 de novembro de 2025 às 08:27

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos afirmou que Washington "apoia integralmente a decisão de adiar" a Cimeira das Américas, anunciada pela República Dominicana, e manifestou confiança na organização de um encontro produtivo em 2026.

Num comentário publicado na rede social X, na segunda-feira, Marco Rubio expressou gratidão ao Presidente dominicano, Luis Abinader, pela "amizade e disponibilidade para acolher a Cimeira das Américas", que deveria realizar-se de 1 a 6 de dezembro, em Punta Cana.

"Continuaremos a trabalhar com a República Dominicana e outros países da região para planear um evento produtivo em 2026, que se concentrará no reforço das alianças e no reforço da segurança dos nossos cidadãos", declarou o secretário de Estado norte-americano.

A cimeira das Américas foi adiada para 2026 sem data precisa, após uma "análise da situação na região", anunciou horas antes o Governo dominicano, num comunicado em que sublinhou ter obtido o acordo dos Estados Unidos.

A decisão "foi tomada em consenso com os nossos parceiros mais próximos, incluindo os Estados Unidos, a força motriz original por detrás deste fórum, e outros países importantes", observou a diplomacia dominicana.

"Em 2022, quando assumimos a responsabilidade de acolher a Cimeira das Américas, as profundas divisões que atualmente dificultam o diálogo produtivo nas Américas eram imprevisíveis", sublinhou a República Dominicana.

Este anúncio surge no momento em que Washington tem navios de guerra deslocados na região das Caraíbas, oficialmente para uma operação de combate ao tráfico de droga.

Os ataques aéreos das forças norte-americanas já provocaram pelo menos 65 mortos desde o início de setembro naquela zona.

O anúncio do Governo dominicano, a 30 de setembro, de que não iria convidar Cuba, Nicarágua e Venezuela para "incentivar uma maior participação e garantir o sucesso do fórum" gerou críticas e levou os líderes do México e da Colômbia, Claudia Sheinbaum e Gustavo Petro, respetivamente, a boicotarem o evento.

"Esta situação é agravada pelo impacto dos recentes eventos climáticos que afetaram severamente vários países das Caraíbas", explicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Dominicana, em comunicado.

Também o Governo do Equador anunciou na segunda-feira o apoio ao adiamento da cimeira, reafirmando o "compromisso de continuar a trabalhar com o país anfitrião" para o sucesso do encontro reagendado.

"Embora reconheça a liderança e os esforços da República Dominicana na preparação da cimeira e apoie a decisão de a adiar, o Equador reafirma o seu compromisso de continuar a trabalhar com o país anfitrião e os restantes países da região para o sucesso do encontro em 2026", declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Mobilidade Humana equatoriano, num comunicado.

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