Decisão de abandonar orgão da ONU sobre cultura e património é justificada por posições contra Israel.
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Os Estados Unidos da América vão abandonar a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), avança esta quinta-feira a imprensa internacional. A informação foi avançada por fontes governamentais americanas à Associated Press (AP), na sequência de várias críticas às resoluções das Nações Unidas, que o governo norte-americano considera serem anti-Israel. A UNESCO reagiu a esta notícia com um comunicado em que lamenta a decisão da Administração Trump."Depois de recebermos uma notificação oficial do secretário de Estado dos Estados Unidos, o Sr. Rex Tillerson, como Diretora-Geral, gostaria de expressar o meu profundo desagrado com a decisão dos EUA de se retirarem da UNESCO", disse Irina Bokova. A responsável sublinha que a saída dos americanos representa uma "perda de multilateralismo".Em 2011, os EUA tinham cortado uma parte substancial da sua contribuição para o orçamento da UNESCO, em protesto com a decisão de dar aos palestianos o estatuto de membros em pleno da organização.
Estatuto de observador Em comunicado, o Departamento de Estado diz ter notificado a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, da decisão de se retirar da organização e de procurar, em vez disso, "um estatuto de observador" para contribuir com as perspetivas e conhecimentos dos EUA em alguns assuntos que considera importantes, como o património mundial, a defesa da liberdade de imprensa e a promoção da colaboração científica e educação. "Esta decisão não foi tomada de ânimo leve e reflete as preocupações dos EUA com os atrasos crescentes na UNESCO, a necessidade de uma reforma fundamental da organização e o permanente preconceito anti-Israel" na organização, pode ler-se no comunicado. O Departamento de Estado diz que a saída entrará em vigor a 31 de dezembro de 2018, permanecendo como membro de pleno direito até então. Os Estados Unidos suspenderam em 2011 o seu financiamento da UNESCO devido à votação da organização para incluir a Palestina como membro. Atualmente, Washington deve cerca de 550 milhões de dólares (465 milhões de euros) à instituição. Washington tinha avisado no início de julho da sua intenção de reexaminar a sua ligação à UNESCO após a decisão de declarar a cidade velha de Hébron, na Cisjordânia ocupada, "zona protegida" do património mundial. A embaixadora norte-americana na ONU, Nikki Haley, qualificou então a decisão de "afronta à História" e considerou que lança "ainda mais descrédito sobre uma agência da ONU já altamente discutível". Rússia lamenta e considera "triste notícia" retirada dos Estados Unidos da UNESCO A Rússia disse hoje "lamentar" a retirada norte-americana da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em plena eleição do seu próximo dirigente, e considerou a decisão uma "triste notícia". "Lamentamos a decisão das autoridades americanas", referiu em comunicado a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova. Washington "abandona a organização num momento difícil, agravando a sua situação pelos seus atos", assinalou. "É uma triste notícia", considerou por sua vez o porta-voz do Kemlin, Dmitri Peskov, citado pela agência oficial Tass. O governo dos Estados Unidos, o principal aliado de Israel, anunciou hoje a retirada do país da UNESCO, acusando a organização de ser "anti-israelita".
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