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Estados Unidos vão reduzir forças no flanco oriental da Europa

Cerca de mil soldados norte-americanos permanecerão estacionados em território romeno após a reavaliação.

29 de outubro de 2025 às 13:02

Os Estados Unidos informaram os aliados de que vão reduzir uma parte das tropas destacadas no flanco oriental da Europa, anunciou esta quarta-feira a Roménia, numa decisão que uma fonte da NATO descreveu como um ajustamento.

O Ministério da Defesa Roménia disse num comunicado que cerca de mil soldados norte-americanos permanecerão estacionados em território romeno após a reavaliação.

"A decisão dos Estados Unidos é suspender a rotação, na Europa, de uma brigada que tinha unidades destacadas em vários países da NATO", referiu o ministério, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).

Um responsável da NATO disse em Bruxelas que o ajustamento não impedirá os Estados Unidos de continuarem a manter na Europa "muito mais forças" do que antes da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.

O ministro de Defesa romeno, Ionut Mosteanu, afirmou numa conferência de imprensa após a divulgação do comunicado que a decisão não significa uma retirada das forças dos Estados Unidos na Europa.

Trata-se, sim, do "fim da rotação de uma brigada que tinha elementos em vários países da NATO, incluindo a Bulgária, a Roménia, a Eslováquia e a Hungria", precisou Mosteanu.

"Cerca de mil soldados americanos permanecerão na Roménia, contribuindo para dissuadir qualquer ameaça e representando uma garantia do compromisso dos Estados Unidos com a segurança regional", reforçou.

Mosteanu disse que as capacidades estratégicas se mantêm inalteradas.

"O sistema de defesa antimíssil de Deveselu continua plenamente operacional. A base aérea de Campia Turzii permanece um ponto essencial para as operações aéreas e para a cooperação entre aliados, e a base de Mihail Kogalniceanu continua a ser desenvolvida", afirmou.

O ministro disse ainda que "um grupo de combate aéreo permanecerá na base de Kogalniceanu, tal como acontecia antes do início do conflito na Ucrânia".

Segundo o Ministério da Defesa romeno, "a decisão já era esperada" e resulta "das novas prioridades da administração presidencial norte-americana, anunciadas em fevereiro".

A decisão "também teve em conta o facto de a NATO ter reforçado a presença e atividade no flanco oriental, o que permite aos Estados Unidos ajustar a postura militar na região", acrescentou.

O ministro da Defesa polaco, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, disse aos jornalistas que Varsóvia "não recebeu qualquer informação, ao contrário de outros países que receberam hoje, como a Roménia, sobre uma redução do contingente na Polónia", segundo a AFP.

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