Porta-voz militar dos rebelde reconheceu implicitamente a dureza da operação militar ao referir-se a uma "agressão contínua" e a "massacres horríveis" no Iémen.
Os Estados Unidos atingiram mais de 100 alvos em áreas controladas pelos Houthis no Iémen desde o lançamento da sua última campanha aérea contra os rebeldes apoiados pelo Irão, segundo um oficial militar norte-americano na quarta-feira.
As forças norte-americanas têm efetuado ataques aéreos quase diários desde 15 de março, afirmando que pretendem proteger a navegação no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, passagens fundamentais para o comércio mundial, onde os Houthis lançaram numerosos ataques em apoio, segundo eles, aos palestinianos em Gaza bombardeados e sitiados por Israel.
"Desde essa data, os EUA atingiram mais de 100 alvos nas zonas do Iémen controladas pelos Houthis", afirmou um responsável militar norte-americano que pediu o anonimato.
"Destruímos centros de comando e controlo, fábricas de armamento e locais de armazenamento de armamento avançado", acrescentou.
Os Houthis denunciaram ataques na terça-feira à noite que atingiram o bairro de al-Hawak, em Hodeida, e segundo os rebeldes, foram mortas 10 pessoas e 16 ficaram feridas.
A área abriga o aeroporto da cidade, que os rebeldes usaram no passado para atacar navios no Mar Vermelho.
O porta-voz militar dos rebeldes, Yahya Sarea, reconheceu implicitamente a dureza da operação militar norte-americana, ao referir-se a uma "agressão contínua" e a "massacres horríveis" no Iémen, segundo um comunicado citado pela agência de notícia espanhola EFE.
Os meios de comunicação árabes e norte-americanos afirmaram nos últimos dias que vários líderes dos rebeldes foram mortos nos bombardeamentos, que, segundo Washington, degradaram efetivamente as capacidades militares dos Houthis.
A agência iemenita Saba, controlada pelos Houthis, noticiou esta quarta-feira que "quatro crianças e duas mulheres" foram mortas nos ataques norte-americanos de terça-feira no oeste do país, levando a um total de 107 mortos de acordo com os rebeldes.
Os rebeldes reivindicaram também o abate de um 'drone' norte-americano "quando efetuava missões hostis".
Também esta quarta-feira a Casa Branca informou que as autoridades dos EUA vão inspecionar as redes sociais de imigrantes em busca de sinais de antissemitismo ou assédio físico ao povo judeu.
O Departamento de Segurança Interna, através de um comunicado, fez saber que o objetivo é "proteger a pátria dos extremistas e terroristas estrangeiros, incluindo aqueles que apoiam o terrorismo antissemita, as ideologias antissemitas violentas e as organizações terroristas antissemitas como o Hamas [palestiniano], a Jihad Islâmica [palestiniano], o Hezbollah [libanês] ou os Ansar Allah, também conhecidos por Houthis".
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