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EUA duvidam dos números da China sobre coronavírus

Serviços de informações americanos dizem que o regime de Pequim está a esconder a verdadeira dimensão da epidemia.

03 de abril de 2020 às 08:28

Os serviços de informações norte-americanos acreditam que a China está a esconder o número verdadeiro de mortos e de casos de coronavírus registados no país, revelou a agência Bloomberg.

A agência cita três responsáveis da comunidade dos serviços de informações que tiveram acesso a um relatório que foi entregue na semana passada na Casa Branca, o qual afirma que os dados transmitidos pelo regime de Pequim para o exterior são deliberadamente incompletos. 

"Os números da China parecem representar uma versão mais suave - e estou a ser simpático - em relação àquilo que temos visto e ouvido", afirmou na quarta-feira o presidente Donald Trump ao ser questionado sobre o relatório.

Há já algum tempo que o governo norte-americano tem levantado dúvidas sobre a dimensão real da epidemia na China. Fontes da Administração Trump chegaram mesmo a admitir que os primeiros casos poderão ter surgido em outubro ou novembro, e não no final de dezembro como afirma o regime de Pequim.

As notícias que vão surgindo de Wuhan após o levantamento da quarentena parecem igualmente questionar o balanço oficial. Na semana passada, vários moradores revelaram que as oito agências funerárias da cidade estavam a entregar por dia "quinhentas urnas" com as cinzas dos falecidos às famílias.

Recorde-se que desde o início da pandemia que as autoridades chinesas tentam manter um controlo apertado sobre a circulação da informação, tendo chegado a deter vários médicos que tentaram alertar o Mundo para a gravidade da situação e expulsado vários jornalistas internacionais que questionaram a versão oficial dos factos.

Groundforce põe 2425 em layoff

A Groundforce, empresa de handling nos aeroportos nacionais, vai colocar 2425 trabalhadores em layoff e reduzir o período normal de trabalho a 69 funcionários. Só 324 estarão ao serviço para assegurar a operação nas escalas.

A empresa que presta apoio em terra às aeronaves, passageiros, bagagem e carga explica que está a ser "fortemente afetada pela paragem de quase toda a frota da TAP durante todo o mês de abril", a que se soma "o decréscimo abrupto" ocorrido em todas as escalas das companhias aéreas. Os 2425 trabalhadores que ficarão em layoff terão direito a dois terços das remunerações fixas mensais e representam mais de 85% do total  de funcionários.

De acordo com a Groundforce, "os diretores da empresa ficarão em 20% de redução do período normal de trabalho e os administradores executivos, voluntariamente, propuseram uma redução de 30% da sua remuneração" mensal. "Para a apresentação destas medidas foi convocada a comissão de trabalhadores que não compareceu na reunião conjunta entre a Administração da Groundforce e todos os sindicatos", frisa a empresa.

Os funcionários da TAP também mostram preocupação com o futuro da companhia aérea. A comissão de trabalhadores está contra o layoff e exige ao Governo que "assuma as suas responsabilidades para com a companhia de bandeira, garante da continuidade territorial e das soberania e economia nacionais, nacionalizando-a e garantindo todos os postos de trabalho assim como todas as remunerações".

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