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EUA, França e Alemanha juntam-se ao Reino Unido contra a Rússia

Aliados apoiam governo britânico e condenam o ataque químico a Sergei e Yulia Skripal.

15 de março de 2018 às 13:44

A Grã-Bretanha recebeu um forte apoio, esta quinta-feira, de três países aliados no caso do envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal. Numa declaração conjunta, os líderes da Alemanha, França e EUA juntaram-se ao governo britânico para condenarem o ataque químico e responsabilizarem Moscovo pela acção, que o Kremlin tem negado veemente.

"Nós, líderes da França, Alemanha, EUA e Reino Unido, abominamos o ataque perpetrado contra Sergei e Yulia Skripal em Salisbury, Reino Unido, a 4 de Março de 2018", lê-se no comunicado  que foi publicado na página do governo britânico.

Os líderes dizem também que o uso do agente nervoso, sem dúvida "desenvolvido pela Rússia", é o primeiro do género "na Europa, desde a Segunda Guerra Mundial". "Esta acção é uma ameaça à segurança de todos", sublinham os líderes mundiais.

No documento, o envenenamento de Skripal é considerado um "ataque à soberania do Reino Unido" e o uso do agente nervoso designado "uma clara violação da Convenção sobre Armas Químicas e do direito internacional".

Os quatro países exigiram à Rússia que forneça todos os detalhes sobre o programa do Novichok à Organização para a Proibição de Armas Químicas.

Na segunda-feira, a primeira-ministra, Theresa May, imputou responsabilidades à Rússia e deu a Moscovo um prazo, até terça-feira à noite, para fornecer explicações à Organização para a Proibição de Armas Químicas, esclarecendo ainda que o embaixador da Rússia no Reino Unido tinha sido convocado para explicar os acontecimentos. Perante a não concretização das exigências, Londres anunciou a "suspensão de contactos bilaterais" com Moscovo e a expulsão de 23 diplomatas russos, que têm uma semana para deixar o Reino Unido – a maior desde a Guerra Fria.

Esta quinta-feira, Lavrov acusou Londres de se comportar de forma "leviana" e anunciou que a retaliação de Moscovo será anunciada "muito em breve" aos funcionários britânicos. Segundo a agência estatal de notícias RIA, a medida a tomar será a expulsão de diplomatas do Reino Unido do país.

O ex-espião duplo de origem russa Serguei Skripal, de 66 anos, e a sua filha Yulia, de 33 anos, foram encontrados inconscientes no dia 4 de Março, num banco num centro comercial em Salisbury, no sul de Inglaterra.

Dias depois, o chefe da polícia anti-terrorista britânica, Mark Rowley, revelou que o ex-agente duplo russo e a sua filha tinham sido vítimas de um ataque deliberado com um agente neurotóxico, um componente químico que ataca o sistema nervoso e que pode ser fatal.

Os dois têm permanecido hospitalizados, nos cuidados intensivos, em "estado crítico, mas estável".

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