Departamento de Segurança Nacional revelou que o suspeito foi acusado de "conspiração".
O antigo líder estudantil de Hong Kong Joshua Wong Chi-fung foi esta sexta-feira acusado de conspirar com forças estrangeiras para ameaçar a segurança nacional da China, crime que pode implicar a pena de prisão perpétua.
O Departamento de Segurança Nacional da polícia de Hong Kong disse num comunicado que um suspeito foi acusado de "conspiração para conluio com um país estrangeiro ou com elementos externos para pôr em perigo a segurança nacional".
De acordo com a lei de segurança nacional imposta por Pequim em 2020, sem passar pelo parlamento da região semiautónoma chinesa, este crime é punível com uma pena máxima de prisão perpétua.
A polícia acrescentou que o homem de 28 anos, detido na zona de Stanley, no sul do território, é também suspeito de "negociar com bens que se sabe ou se acredita representarem o produto de um crime passível de acusação".
O portal de notícias Hong Kong Free Press (HKFP) identificou o suspeito como Joshua Wong, que já estava a cumprir uma pena de quatro anos e oito meses na prisão de Stanley.
O antigo líder estudantil foi levado esta tarde ao Tribunal de Magistrados de West Kowloon.
De acordo com a acusação, citada pelo HKFP, Wong é acusado de conspirar com o ativista autoexilado Nathan Law Kwun-chung e "outros indivíduos desconhecidos", entre 01 de julho e 23 de novembro de 2020 para pedir a organizações e autoridades estrangeiras que impusessem sanções ou implementassem atividades hostis contra Hong Kong ou a China.
Joshua Wong terá ainda pedido a países ou organizações que “obstruíssem de forma grave a formulação e implementação de leis e políticas" por parte das autoridades de Hong Kong e da China continental, de acordo com a acusação.
A primeira audiência deste caso ficou marcada para 08 de agosto, avançou a imprensa local.
A nova acusação contra Joshua Wong surge no dia em que foi publicada uma entrevista em que o chefe do Governo de Hong Kong disse que proteger a segurança nacional deve tornar-se parte da cultura da cidade.
John Lee Ka-chiu disse ao jornal Wen Wei Po, detido pela delegação de Pequim em Hong Kong, que os esforços para garantir a segurança nacional ainda estão na "fase inicial".
Joshua Wong foi um dos 45 ativistas pró-democracia condenados em novembro por terem realizado primárias não oficiais, em julho de 2020, para selecionar os candidatos da oposição ao parlamento da região.
O Ministério Público acusou 47 ativistas e políticos (dois foram absolvidos) de tentarem garantir uma maioria legislativa para vetar os orçamentos, paralisar o Governo e derrubar a então líder, Carrie Lam Cheng Yuet-ngor.
As primárias atraíram cerca de 610 mil pessoas, mais de 13% do eleitorado da cidade. Mas o Governo adiou as legislativas de 2020, alegando riscos para a saúde pública durante a pandemia.
As leis eleitorais foram depois revistas, reduzindo a capacidade de voto do público e aumentando o número de deputados pró-Pequim.
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