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FBI podia ter evitado massacre na Flórida e não agiu

Agência de investigação admite ter recebido alertas para a conduta violenta de Nikolas Cruz.

18 de fevereiro de 2018 às 01:30

O FBI está no centro de uma vaga de revolta depois de admitir erros no seguimento do atirador que matou 17 pessoas numa escola de Parkland, Florida. O autor do massacre, Nikolas Cruz, de 19 anos, estava na mira das autoridades desde 2016 e tinha sido recentemente alvo de, pelo menos, duas denúncias por conduta violenta e ameaças de uso de armas.

Em declaração oficial, o FBI admitiu ter recebido alertas, que não verificou devidamente. Um deles foi feito a 5 de janeiro por uma pessoa próxima do atirador. "A pessoa que telefonou deu informações sobre as armas de Cruz, sobre o desejo que manifestava de matar pessoas, o seu comportamento errático e as mensagens perturbadoras que colocava nas redes sociais, bem como indícios de que queria atacar a escola", referiu o FBI.

Mas já antes disso, em setembro de 2017, um residente do Mississippi alertou que um utilizador chamado Nikolas Cruz tinha partilhado no YouTube um vídeo no qual dizia: "vou ser um profissional de tiroteios em escolas".

Ante as falhas, o governador da Florida, Rick Scott, considerou que Christopher Wray, diretor do FBI, deveria demitir-se.

Num comunicado, Wray prometeu investigar as falhas e afirmou: "Lamentamos profundamente a dor adicional que isto causa a todos os afetados pela tragédia".

Filme inspira campanha contra armas  

Três cartazes percorreram a cidade em camiões para pressionar o senador republicano da Florida com as seguintes mensagens: ‘Massacrados na escola’, ‘E ainda não há controlo de armas?’, ‘Como pode isto ser, Marco Rubio?’.

No filme, uma mãe usa cartazes idênticos para pedir justiça para a filha assassinada.

Sobreviventes em marcha por nova lei 

PORMENORES 

Irmão mais novo internado

Zachary Cruz, irmão mais novo do autor do massacre numa escola da Florida, foi internado para avaliação psiquiátrica.

Pavilhão demolido

O edifício 12 da escola de Parkland, palco do massacre de quarta-feira, será demolido. A decisão foi tomada pela câmara da cidade, que planeia erguer no local um memorial às vítimas.

Polícia chamada 39 vezes

A polícia tinha sido chamada a casa do autor do massacre mais de 30 vezes desde 2010 devido a incidentes violentos.

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