A edição de hoje
Entre os documentos nas mãos do Departamento de Justiça estão os registos de visitantes da ilha privada do pedófilo.
O Departamento de Justiça dos EUA tem na sua posse mais de 100 mil páginas de documentos relacionados com a investigação ao milionário pedófilo Jeffrey Epstein, a maior parte dos quais "nunca foi tornada pública", revelou esta sexta-feira o New York Times.
Além de milhares de documentos em papel, que incluem, por exemplo, os registos dos visitantes da ilha privada de Epstein nas Caraíbas, este verdadeiro "manancial de informação", como lhe chama o 'Times', inclui 40 computadores e dispositivos eletrónicos, 26 dispositivos de armazenamento de dados, mais de 70 CDs e seis aparelhos de gravação, num total de "mais de 300 gigabytes de dados". É nestes dispositivos que estão guardadas muitas das provas incriminatórios contra Epstein, incluindo vídeos e fotos dos abusos sexuais a raparigas menores.
Existem ainda dezenas de "provas físicas", incluindo fotografias, listas de funcionários, registos de viagens de barco e avião e plantas das mansões do milionário nas Caraíbas e Nova Iorque, além de "cinco mesas de massagem, quatro esculturas de partes da anatomia feminina, um par de botas de cowboy de mulher e um cão empalhado", avança o jornal.
Segundo o 'Times', os procuradores do Departamento de Justiça receberam ordens para passar a pente fino todas as provas em busca de nomes de figuras públicas, incluindo Donald Trump, Bill Clinton, o príncipe André e outros amigos famosos do milionário. Na sequência desta revisão, a Procuradora-Geral, Pam Bondi, informou o presidente dos EUA, em maio, de que o seu nome aparecia "múltiplas vezes" nos documentos. Bondi concluiu, no entanto, que os ficheiros "não acrescentavam nada de novo" e, por isso, decidiu que não seriam tornados públicos, ao contrário do que tinha prometido anteriormente.
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