Foram os primeiros equipamentos destruídos no âmbito da operação decidida pelo governo do presidente Lula da Silva.
Fiscais do Ibama, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, destruíram um avião e um helicóptero de garimpeiros ilegais na reserva indígena Yanomami, no interior do estado brasileiro de Roraima, no coração da Amazónia. Foram os primeiros equipamentos destruídos no âmbito da operação para tentar expulsar garimpeiros da área indígena decidida em janeiro pelo governo do presidente Lula da Silva e que começou a tomar forma esta semana.
As duas aeronaves, descobertas por agentes do Ibama durante voos de reconhecimento, estavam em pistas clandestinas abertas na floresta pelos garimpeiros, que usaram um potente trator com lagartas para abrir caminho. Outras equipas dos fiscais ambientais foram por terra, no meio da mata fechada, e incendiaram os dois aparelhos, tal como o trator e estruturas de apoio ao garimpo localizadas na mesma área.
Numa outra acção, fiscais do Ibama apoiados por agentes da Força Nacional intercetaram no Rio Araricoera, que leva à reserva dos Yanomami, três modernas lanchas "voadeiras" (de alta velocidade), que foram apreendidas, tal como tudo o que transportavam. Nessas lanchas havia cinco mil litros de combustível usado nas máquinas de prospeção de ouro, uma tonelada de alimentos diversos, frigoríficos com geradores, duas armas de fogo e um sofisticado sistema de instalação de pontos de internet, que agora vão passar a servir às forças federais.
Esta quarta-feira, chegaram a Boa Vista, capital de Roraima, o ministro da Defesa, Múcio Monteiro, o dos Direitos Humanos, Sílvio de Almeida, e os comandantes do Exército, Marinha e Força Aérea, que deverão ficar na região por pelo menos dois dias. Eles irão provavelmente amanhã para o posto avançado na região de Surucucu, já dentro da reserva Yanomami, para avaliarem a melhor forma de, dentro de alguns dias, forças militares entrarem fundo na floresta e expulsarem os garimpeiros que ainda estão lá.
A entrada de tropas no meio da selva tem sido retardada porque o governo federal está a tentar reduzir o quanto possível o risco de um confronto em larga escala, já que os garimpeiros possuem armas potentes e conhecem a região melhor do que os soldados. Desde quarta-feira passada, foi cortado o tráfego aéreo e fluvial, e, sem mantimentos nem combustível, centenas de garimpeiros começaram a fugir da região em barcos por rios alternativos e até a pé, que era o que o governo queria.
De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, há entre 15 mil e 20 mil garimpeiros na reserva Yanomami e ele espera que, até ao início da semana que vem, 80% deles já tenha fugido. Para ajudar a esse êxodo, a Força Aérea mudou de táctica esta semana, e passou a permitir voos, mas só para tirar garimpeiros da região.
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