Despoluição do rio Tietê é um dos maiores sonhos dos habitantes da cidade brasileira.
Especialistas franceses vão ajudar a concretizar um dos maiores sonhos dos habitantes de São Paulo, a maior cidade brasileira: a despoluição do rio Tietê, que atravessa a cidade e apresenta índices altíssimos de contaminação. Um acordo nesse sentido foi assinado na sexta-feira entre o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o presidente da França, François Hollande, que visitou a capital paulista.
Segundo o acordo, técnicos do Sindicato Interdepartamental de Saneamento da Grande Paris, de França, vão fazer um estudo detalhado das atuais condições do maior rio do estado de São Paulo e definir, juntamente com técnicos da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), qual a forma mais eficaz de devolver a vida ao Tietê. O rio é, ao mesmo tempo, uma das maiores paixões e um dos maiores problemas para os paulistas. O Saneamento da Grande Paris foi o grande responsável pelo sucesso da despoluição do Rio Sena, que atravessa Paris e há quatro décadas foi considerado sem vida. Hoje voltou a ser orgulho dos parisienses e já recuperou mais de 30 espécies de peixes, incluindo o salmão do Atlântico.
A assessoria do governador de São Paulo disse na quinta-feira ao Correio da Manhã que o primeiro passo da longa caminhada para fazer reviver o grande rio paulista será dado já em Janeiro, quando uma equipa de técnicos ambientais e de saneamento de São Paulo irá a Paris. É na cidade francesa que será conhecido o projeto que vai despoluir o Sena. O segundo passo, acrescentou a fonte do governador, será a deslocação de especialistas franceses a São Paulo, em data próxima mas ainda não definida, para realizarem um detalhado levantamento técnico do rio.
Ainda de acordo com a assessoria, neste momento não é possível fazer uma estimativa do montante que vai ser gasto na despoluição do tietê, uma vez que isso vai depender da análise realizada pelos franceses e das medidas que considerarem necessárias. A previsão mais otimista é de que o Tietê esteja despoluído em 2020, mas ninguém consegue garantir, neste momento, que esse prazo seja cumprido.
O Rio Tietê, que nasce em Salesópolis, pequena cidade serrana a algumas dezenas de quilómetros de São Paulo, quando chega à capital paulista já está poluído, pois recebe o esgoto, sem tratamento, de residências e indústrias das diversas cidades que atravessa. Depois de receber uma carga infinitamente maior de poluentes na própria cidade de São Paulo, o Tietê transforma-se num rio irrespirável, a ponto de quem trabalha na sua dragagem e os bombeiros, que por vezes são forçados a entrar na água para socorrer alguém, só o fazerem com o corpo totalmente protegido por roupas de borracha.
Espremido pelo alucinante crescimento da maior metrópole brasileira, o Tietê rompe as barreiras criadas pelo homem. Quando a chuva cai com intensidade o rio transborda, inundando e paralisando várias vias, principalmente a Marginal do Tietê, uma das artérias mais movimentadas da cidade.
Ao longo dos seus 1100 quilómetros de extensão, até desaguar no Rio Paraná, na fronteira com o Estado de Mato Grosso do Sul, o Tietê não trás, no entanto, apenas problemas aos habitantes das 62 cidades que atravessa. A partir de certo ponto o rio passa a ser uma importante hidrovia, por onde são escoadas muitas mercadorias. O Tietê possui diversas barragens e centrais hidroeléctricas, que garantem energia a uma vasta região do Estado paulista.
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