Comunicado sublinha ainda que "a crise económica, agravada desde 2014, gerou uma emergência humanitária na Venezuela".
A Frente Institucional Militar (FIM) instou, este domingo, o Governo do Presidente Nicolás Maduro a permitir uma transição democrática na Venezuela, num clima de crescentes tensões com os EUA, pela presença de barcos de guerra em águas das Caraíbas.
"A estabilidade do país exige que aqueles que se opõem à maioria abandonem a intransigência e assumam a responsabilidade histórica de permitir a transição democrática", afirma o FIM em um comunicado divulgado nas redes sociais.
No documento, oficiais reformados das Forças Armadas Bolivarianas da Venezuela e membros da FIM exigem ainda que seja reconhecida a vontade expressa pelos venezuelanos nas eleições presidenciais de 2024, em que Nicolás Maduro foi reeleito para um período de seis anos, mas cujos resultados a oposição continua a contestar.
"Há um ano e quatro meses, os venezuelanos apostaram numa mudança (...) apesar da clara manifestação, alguns setores insistem em manter posições de poder (...). O povo manifestou-se. Não há espaço para violência ou imposição. Exigimos o respeito imediato pela vontade popular e pelo mandato expresso nas urnas eleitorais", sublinham.
O documento emitido num "contexto de crescente tensão política e social na Venezuela, cuja crise económica e polarização política geraram um clima de incerteza" sublinha ainda que "ouvem-se ameaças de uma guerra irregular e ações guerrilheiras".
"O seu pouco conhecimento do assunto não lhes permite perceber que essas ações só são possíveis quando uma parte significativa da população os segue ou simpatiza com eles. E o apoio popular constitui a alma e a razão para que possam ser levadas a cabo", afirma o FIM.
Segundo a FIM, o regime "sabe disso, não apenas pelas atas originais que estão guardadas num banco no Panamá", mas porque os militares do Plano República, encarregados de custodiar as assembleias e boletins de votos "divulgaram os resultados naquele dia, em cada mesa, onde se votou".
O comunicado sublinha ainda que "a crise económica, agravada desde 2014, gerou uma emergência humanitária na Venezuela, em meio da maior corrupção conhecida na história da nação, classificada como o segundo país mais corrupto do mundo, superado apenas pela Somália, e o mais corrupto da América pelo décimo ano consecutivo, de acordo com o relatório anual da Transparência Internacional de 2023".
Por outro lado, destaca as graves carências que a população enfrenta" nos "serviços de saúde, educação, energia elétrica, transportes e comunicações deficientes, salários insuficientes e uma dieta alimentar que mal permite a sobrevivência, sustentada em grande parte pelas remessas de milhões de expatriados".
"Não podemos esquecer os milhares de presos políticos que sofrem torturas e humilhações, apenas por expressarem as suas opiniões, nem a forte censura contra a liberdade de expressão", explica ainda a FIM.
Fundada há 25 anos e com 231 integrantes, a FIM é presidida pelo general de brigada do Exército (GB do EJ) Juan António Herrera Betancourt.
Na vice-presidência encontra-se o GB do EJ, Teodoro Díaz Zavala, sendo secretário de organização o GB Rafael Vera Ruiz, e integrando os representantes Juan Ferrer Barazarte, do Exército, o contra-almirante Elias Buchzser Cabriles, da Marinha, Eduardo Arturo Caldera Gomez, da Aviação, e Simón Figuera Pérez, da Guarda Nacional Bolivariana.
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