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Fúria independentista bloqueia Barcelona

Milhares de manifestantes cortaram estradas e protestaram nas ruas contra Conselho de Ministros “provocatório”.

22 de dezembro de 2018 às 02:05

Estradas cortadas, confrontos com a Polícia e mais de uma dezena de detidos ensombraram esta sexta-feira a realização do Conselho de Ministros em Barcelona, visto pelos independentistas mais radicais como uma "provocação" do governo de Pedro Sánchez, que se viu igualmente sob fogo da oposição por aquilo que entenderam como "uma cedência" aos separatistas.

Pelo menos 12 pessoas foram detidas e vários polícias que se manifestaram ficaram feridos nos confrontos que ocorreram no centro de Barcelona e noutras localidade da Catalunha. Os protestos começaram logo pela manhã, com centenas de elementos dos Comités de Defesa da República (CDR) a bloquear estradas e autoestradas.

A violência alastrou pouco depois ao centro da cidade condal, onde a polícia foi forçada a carregar sobre um grupo de manifestantes que tentou erguer barricadas nas ruas, naquele que foi o momento de maior tensão, mas que mesmo assim ficou muito aquém de outros protestos dos separatistas radicais, em grande parte devido aos apelos à calma do líder do governo da Catalunha, Quim Torra, que na véspera assinou com Sánchez um acordo para reatar "um diálogo efetivo" sobre as pretensões catalãs.

Para a oposição, este acordo constitui uma "cedência inaceitável" do primeiro-ministro aos independentistas catalães. Pablo Casado, do Partido Popular, acusou Sánchez de "trair Espanha pela calada" com um acordo que representa "o início de uma negociação para a rotura da soberania nacional".

Já o líder do partido Cidadãos, Albert Rivera, acusou o primeiro-ministro espanhol de "irresponsabilidade histórica" por "adotar as teses do separatismo". Rivera foi ainda mais além e referiu que a reunião de quinta-feira entre Sánchez e Torra "representou a claudicação e humilhação" do Estado espanhol.

PORMENORES

Medidas simbólicas

Conselho de Ministros aprovou uma série de medidas simbólicas, incluindo rebatizar o aeroporto de El Prat como ‘AeroportoJosep Tarradellas’ em homenagem ao primeiro presidente da Generalitat após o franquismo e revogar a sentença que condenou à morte o herói separatista Lluis Companys.

Marcha pede libertação

Ao cair da noite, dezenas de milhares de apoiantes da independência percorreram o centro de Barcelona com apelos a "derrubar o regime" e pedidos de libertação dos dirigentes separatistas detidos.

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