Militares, que chegaram por mar em dois navios de guerra, não precisaram usar a força para romper o bloqueio.
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Fuzileiros navais romperam e desfizeram esta quinta-feira o cerco montado há 11 dias por camionistas em greve ao porto de Santos, no litoral de São Paulo, o maior do Brasil. Os camionistas, com centenas de camiões a bloquear todos os acessos, não permitiam desde o início da paralisação nem entradas nem saídas de pesados com mercadorias daquele terminal portuário.
Os militares, que chegaram por mar em dois navios de guerra, não precisaram usar a força para romper o bloqueio dos camionistas. Depois de uma tensa mas breve negociação com os líderes do protesto, blindados da Marinha tomaram posições estratégicas nos acessos, enquanto os camionistas retiravam os seus veículos para as laterais das vias.
Os primeiros camiões com mercadorias que saíram do porto de Santos esta quinta-feira, e que seguiram viagem para os seus destinos protegidos por escoltas de militares do Exército, da Força Aérea e pela polícia, foram fortemente hostilizados com vaias e ofensas aos motoristas, mas não houve agressões nem apedrejamentos aos veículos. A pouco e pouco, outros camiões formaram novos comboios e começaram a escoar as mais de 250 mil toneladas de mercadorias originárias de várias partes do mundo que tinham chegado em navios mas ficaram retidas no porto por causa da greve.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, a concentração de camionistas junto ao porto de Santos era esta quinta-feira à tarde o último ponto de protesto em todo o Brasil. Pela manhã, havia outros protestos de camionistas em pelo menos cinco dos 27 estados do país, mas foram desfeitos pelos próprios motoristas a pouco e pouco.
No início da greve, dia 21 passado, o Brasil chegou a ter estradas bloqueadas em 1200 locais, e na noite de quarta-feira ainda eram 197. Mas todos foram desmobilizados após acordo feito entre as várias lideranças de camionistas com o governo central e com governos regionais, à exceção de Santos, onde o grupo de profissionais do volante decidiu em assembleia na noite de quarta continuar a paralisação, cada vez mais enfraquecida.
Com o desbloqueio de estradas por todo o país, começou a diminuir a escassez de combustíveis, alimentos, medicamentos e outros produtos de primeira necessidade, embora se estime que ainda serão necessários vários dias para a normalização do abastecimento em todo o país. Mas alguns hospitais que tinham cancelado cirurgias e atendimentos não-urgentes por falta de medicamentos e produtos médicos voltaram a atender a população, os supermercados e feiras de rua já não estão tão vazios, os transportes, embora ainda reduzidos, caminham para a normalidade, e as filas junto aos postos de combustíveis, quilométricas até terça-feira, já são visivelmente menores.
Os camionistas deflagraram a greve em protesto contra a política do governo Temer de aumentar diariamente o preço dos combustíveis e outros encargos que os sufocam financeiramente. Depois de demorar para perceber a gravidade e a dimensão da greve, Michel Temer acabou por ceder a todas as exigências, editando decretos extraordinários que garantem a redução do preço do diesel, a isenção parcial de portagens quando o camião circular vazio, e um preço mínimo para cada frete contratado.
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