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Genro de Trump rejeita contactos "impróprios" com a Rússia

Jared Kushner assegura que só falou quatro vezes com russos durante a campanha eleitoral.

24 de julho de 2017 às 10:21

Jared Kushner, genro do Presidente dos EUA Donald Trump, vai esta segunda-feira depor à porta fechada perante o comité dos serviços de inteligência do Senado, a câmara alta do Congresso norte-americano.

Antes, porém, o genro de Trump enviou uma declaração de 11 páginas para a Associated Press, em que garante que não teve "contactos impróprios" com a Rússia, assegurando que apenas falou com russos por quatro vezes durante a campanha eleitoral e transição presidencial e que nenhum desses contactos foi "impróprio". 

Kushner pretende ler esta declaração durante as reuniões à porta fechada, esta semana, com investigadores dos Comités de Informações Secretas (Intelligence) do Senado e da Câmara dos Representantes.

Garante, igualmente, que nunca se envolveu com nenhum governo estrangeiro durante a campanha eleitoral e nega a participação financeira da Rússia em algum dos seus negócios no setor privado. 

Kushner vai cooperar voluntariamente

Na quinta-feira, o seu advogado, Abbe Lowell, confirmou esta audiência e assegurou que Kushner, considerado um dos conselheiros mais próximos de Trump, vai cooperar voluntariamente com a investigação do Congresso às eventuais relações entre agentes russos e o círculo do Presidente.

Durante a campanha presidencial de 2016, Jared Kushner, o filho mais velho do atual chefe de Estado, Donald Trump Jr., e o então diretor de campanha de Trump, Paul Manafort, reuniram-se em junho com Natalia Veselnitskaya, sob o alegado pressuposto que esta advogada russa teria informações que poderiam comprometer a rival política e candidata presidencial democrata Hillary Clinton.

Kushner sublinha que Trump Jr. o convidou para a reunião, mas que chegou atrasado e que, quando ouviu a advogada a falar sobre o tema de "adoções" (de crianças russas por parte de cidadãos norte-americanas), mandou um SMS à sua assistente para que esta arranjasse uma desculpa para ele sair da sala.

"Em nenhum momento da reunião em que estive presente se falou sobre a campanha. Que eu saiba não houve seguimento dessa reunião, não me recordo de quantas pessoas estavam na reunião (nem dos seus nomes) e não tenho conhecimento de quaisquer documentos oferecidos ou aceites", salienta o genro de Trump.

Kushner também nega informações segundo as quais ele terá tentado acertar uma ligação clandestina com o embaixador russo nos Estados Unidos.

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