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Governo de São Tomé diz ter impedido “acção terrorista” contra presidente e PM

Revelado plano digno de filme de ação, com poderoso armamento e uniformes falsos. Três espanhóis detidos.

08 de agosto de 2018 às 21:02

O governo são-tomense garantiu, esta terça-feira, que impediu uma "acção terrorista" que visava o sequestro do Presidente da República, Evaristo Carvalho, do presidente da Assembleia Nacional e a eliminação física do primeiro-ministro e chefe do Governo, Patrice Trovoada. A tentativa de ataque aconteceu na sexta-feira, dis 3 de agosto.

"Nesta operação foram detidos por enquanto três indivíduos de nacionalidade espanhola e dois cidadãos nacionais", indica o governo, num comunicado do Conselho de Ministros.

Segundo o executivo, "além destas detenções, foram apreendidos na posse dos três cidadãos espanhóis que actuavam no país como mercenários, material bélico, facas de mato, granadas, binóculos e óculos de visão nocturna, uniformes estrangeiros com distintivos nacionais, entre outros".

No comunicado, o executivo são-tomense refere que "face à gravidade da situação e dos actos perpetrados até então pelos indivíduos envolvidos, o governo accionou imediatamente os mecanismos internacionais de entreajuda em casos semelhantes com países amigos e a Interpol que responderam prontamente na assistência à Procuradoria-Geral da República e à Polícia Judiciária".

No comunicado o Governo "assegura que tem o controlo total do país e garante a segurança individual e colectiva de todos os cidadãos e seus bens, bem como assegura a total liberdade de circulação sobre todo o território do país".

Os cinco detidos deverão ser ouvidos esta quarta-feira pelo juiz de instrução criminal. Na terça-feira, os detidos foram levados a tribunal, onde ficaram durante cerca de cinco horas sem serem ouvidos pelo juiz. Fonte judicial disse à Lusa que "alguns juízes de instrução criminal se manifestaram impedidos, recusando-se desta forma a pegar neste caso".

Esta é a segunda tentativa de subversão da ordem constitucional em menos de dois meses em São Tomé e Príncipe.

Em 21 Junho o governo anunciou que tinha detido o deputado do MLSTP-PSD Gaudêncio Costa, ex-ministro da Agricultura, e Ajax Managem, um sargento da Forças Armadas, por "tentativa de subversão da ordem constitucional".

Os dois suspeitos foram postos em liberdade sob termo de identidade e residência pelo juiz de instrução criminal Francisco Silva, que alegou falta de provas para manter os dois acusados em prisão preventiva.

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