Moção recebeu apenas 189 dos 289 votos necessários para derrubar o governo.
O Governo do primeiro-ministro francês, François Bayrou, escapou à oitava moção de censura apresentada esta terça-feira pelos socialistas, após o fracasso das negociações sobre a contestada reforma das pensões de 2023.
A prevista falta de apoio dos deputados de extrema-direita da União Nacional (RN, sigla em francês) e dos seus aliados da UDR (União dos Democratas pela República), fez com que moção tenha recebido apenas 189 dos 289 votos necessários para derrubar o governo.
Quase cinco meses depois do acordo para permitir a aprovação dos orçamentos do Estado e da Segurança Social, os socialistas acusaram François Bayrou de traição, tendo como pano de fundo as negociações sobre as pensões entre parceiros sociais, que faziam parte deste pacto, mas foram concluídas sem acordo.
Os socialistas criticaram o chefe do Governo por ter fechado a porta à redução da idade legal de reforma e à ideia de apresentar um projeto de lei ao Parlamento contendo a medida da idade, embora tivesse prometido inicialmente uma discussão entre os parceiros sociais, sendo que a "palavra final" caberia ao Parlamento.
Na mira desde que assumiu o poder, há seis meses, Bayrou classificou recentemente esta moção de censura como uma piada.
"Ao quebrar a sua promessa, escolheu a desonra", acusou a socialista Estelle Mercier, defendendo a moção de censura.
Em resposta, Bayrou troçou da moção, apontando que era um pretexto para o Partido Socialista lembrar ao povo que está "na oposição", e invocou o dever do interesse geral, que é "mais forte do que todas as ameaças" de censura.
O líder do Governo francês defendeu os progressos alcançados que pretende apresentar ao Parlamento no outono no orçamento da Segurança Social, nomeadamente para uma reforma sem redução aos 66,5 anos e para as pensões das mulheres.
O governante insistiu no equilíbrio financeiro do sistema de segurança social, que caso contrário provocaria "uma guerra entre gerações".
O outono promete ser tempestuoso para Bayrou, que terá de lidar com novas ameaças de censura durante as discussões orçamentais para conseguir 40 mil milhões de euros em poupanças.
O seu antecessor, Michel Barnier, caiu em dezembro, ao fim de apenas três meses.
Gaëtan Dussausaye, da RN, concedeu-lhe uma "reunião sobre o orçamento" este outono, enumerando uma série de "linhas vermelhas", como "novos golpes no poder de compra dos franceses" e "impostos ou taxas adicionais sobre as empresas até que se reduza o nível de vida do Estado".
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