Museu, destruído pelo fogo, foi criado há 200 anos por João VI, de Portugal, e era o mais antigo e um dos mais importantes museus do Brasil.
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O ministro português da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, lamentou esta segunda-feira o incêndio que atingiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, classificando-o como "uma perda irreparável".
"Estamos consternadíssimos. Nós sentimos também essa perda porque era um acervo importantíssimo da história natural do país, da sociedade brasileira e também da história política, sendo este o palácio onde o rei de Portugal se veio instalar quando levou a corte para o Brasil. É um monumento muito importante para a história dos dois países", constatou o ministro à chegada ao Real Gabinete Português de Leitura, no Rio de Janeiro, onde iria abrir o 9.º colóquio do polo de pesquisas luso-brasileiras.
A instituição, destruída pelo fogo, foi criada há 200 anos por João VI, de Portugal, e era o mais antigo e um dos mais importantes museus do Brasil.
"Portugal perde sempre. Perderam-se móveis de D. João VI, os diários da imperatriz Leopoldina. É património de origem portuguesa, mas é património cultural do Brasil", referiu Luís Filipe Castro Mendes.
De acordo com um comunicado publicado ´online´ pela direção do museu, não há vítimas a registar no incêndio.
"É uma grande perda para o povo brasileiro, para os pesquisadores que trabalhavam naquele museu e nós sentimos uma profunda solidariedade com os brasileiros", finalizou o responsável pela pasta da Cultura.
O ministro da Cultura participou esta segunda-feira no 9.º Colóquio do Polo de Pesquisas Luso-Brasileiras, que acontece sob o tema "Relações luso-brasileiras: imagens e imaginários".
Na agenda do ministro segue-se uma visita ao Museu Histórico Nacional, também no Rio de Janeiro, onde se fará a apresentação do projeto "O Retrato do Rei D. João VI".
O diretor do Museu Nacional no Rio de Janeiro, Alexander Kellner, afirmou esta segunda-feira que ainda não foi possível avaliar a totalidade dos danos no acervo provocados pelo incêndio, mas apelou à mobilização da sociedade para a recuperação.
O acervo do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, no Brasil, que foi consumido por um incêndio na noite de domingo e ao longo da madrugada desta segunda-feira, tinha um dos maiores históricos e científicos do país, com cerca de 20 milhões de peças.
Entre os milhões de peças que retratavam os 200 anos de história brasileira estavam igualmente um diário da imperatriz Leopoldina e um trono do Reino de Daomé, dado em 1811 ao príncipe regente João VI.
O Ministério brasileiro da Cultura também emitiu um comunicado lamentando "profundamente" o incêndio que dizimou o acervo e as instalações do Museu Nacional, ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro, e considerou que "as causas e responsabilidades devem ser rigorosamente apuradas".
"O Ministério da Cultura vinha apoiando, desde 2017, a direção do Museu Nacional na elaboração de projetos e na busca por recursos para financiar o plano de revitalização e requalificação", indicando que um total de 21,7 milhões de reais [cerca de 4,6 milhões de euros] foi conseguido junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento, que financiaria grande parte do projeto.
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