A edição de hoje
Renata, de 22 anos, sofreu um acidente vascular cerebral quando estava no quarto mês de gravidez.
Uma grávida brasileira em morte cerebral está a ser mantida viva, no Campo Grande, Brasil, para que o bebé chegue à 28ª semana de gestação.
De acordo com site Veja, Renata Sodré, de 22 anos, sonhava ser ter um filho. Até já tinha escolhido o nome, se fosse menino seria Yago, se fosse menina iria chamá-la de Helena.
A 27 de janeiro, os sonhos da jovem brasileira, grávida de quatro meses na altura, foram destruídos. Estava no trabalho quando começou a sentir fortes dores de cabeça. Foi para casa mais cedo e estava a tomar banho quando perdeu os sentidos. Sofreu um acidente vascular cerebral hemorrágico (AVC) e nunca mais acordou.
Três dias depois, os médicos declararam morte cerebral. Mas o bebé continuava vivo. Foi aí que perguntaram à família e ao marido, Eduardo de Noronha, de 25 anos, se queriam manter a gestação.
"Decidimos na hora. Queríamos ter aquela criança, mesmo que só houvesse 1% de hipóteses de ela nascer", contou Eduardo à publicação brasileira.
A partir daí todo o hospital se mobilizou para manter o bebé vivo. Os órgãos vitais, a respiração, nutrição, temperatura, pressão e equilíbrio hormonal funcionam com ajuda de aparelhos e medicação artificial que tentam substituir a todo o custo as funções do cérebro morto.
A maior preocupação dos médicos é o risco de infecções. O corpo de um paciente em morte cerebral liberta toxinas que podem por em risco a saúde do bebé ou induzi-lo a um nascimento prematuro.
Os médicos tentam evitar que o parto se realize antes da 28ª semana. Entretanto, na última ecografia descobriram que o bebé é um menino.
Na próxima terça-feira a gestação de Renata faz 27 semanas.
Recorde-se que em Portugal, Lourenço Salvador nasceu numa situação semelhante com 2,350 kg, "após uma gestação de 32 semanas, sem complicações durante e após o ato cirúrgico". Sandra, a mãe, estava há três meses e meio em morte cerebral.
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