Presidente da Guiné-Bissau dissolveu o parlamento no passado dia 16 e marcou eleições antecipadas para 18 de dezembro.
O ministro das Finanças guineense, João Fadiá, defendeu que a Guiné-Bissau está a construir-se e a aprender, mostrando-se confiante de que um dia será "um país normal".
"É um Estado que se vai construindo. Um Estado não se constrói de um dia para o outro, todos têm crises e com o tempo vamos aprendendo e vamos resolvendo, até um dia passarmos a ser um país normal", disse Fadiá em entrevista à Lusa à margem dos encontros anuais do BAD, em Acra.
O ministro respondia assim à pergunta sobre se as crises políticas da Guiné-Bissau afetam a imagem do país nos fóruns internacionais.
Questionado sobre como é que a Guiné-Bissau vai conseguir gerir a crise provocada pela guerra na Ucrânia quando o Governo está em gestão, após o Presidente ter dissolvido o parlamento, Fadiá disse que a "dor de cabeça" de gerir a crise e o aumento global dos preços dos combustíveis e dos alimentos é a mesma, esteja o Governo em plenas funções ou em gestão.
O ministro disse que Governo já tomou algumas medidas: "Baixou alguns impostos sobre produtos de primeira necessidade, sobre os combustíveis, para poder manter o preço em certo nível, para não afetar muito o bolso da população".
"Isso acarreta perda de receitas, o que vai ter as suas consequências, naturalmente, mas não havia outra alternativa, senão fazer um gesto para manter a população com capacidade para pelo menos comprar o arroz, comprar açúcar, comprar farinha, o pão e também pagar o transporte a nível que seja ainda aceitável", acrescentou.
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, dissolveu o parlamento no passado dia 16, alegando que os deputados estavam a transformar a Assembleia Nacional Popular num "espaço de guerrilha", e marcou eleições legislativas antecipadas para 18 de dezembro.
Na sequência da dissolução do parlamento, o chefe de Estado emitiu um decreto a manter o primeiro-ministro guineense, Nuno Nabiam e o vice-primeiro-ministro, Soares Sambú, no cargo.
A sociedade civil guineense criticou esta decisão de Embaló, acusando o chefe de Estado de colocar em causa a estabilização política, social e económica da Guiné-Bissau por ter "dificuldades" em respeitar os princípios constitucionais.
A Guiné-Bissau vive em constantes crises políticas e apesar de o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) ter vencido nas legislativas de 2019, o Governo então liderado por Aristides Gomes foi demitido por Embaló, quando este tomou posse, em fevereiro de 2020.
A própria posse do Presidente, num hotel da capital guineense e sem esperar pelo resultado da contestação dos resultados eleitorais junto do Supremo Tribunal, foi alvo de críticas internas e da comunidade internacional.
Em 01 de fevereiro deste ano, registou-se um ataque contra o Palácio do Governo, enquanto decorria uma reunião do Conselho de Ministros com a presença do chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, que o Presidente classificou como uma tentativa de golpe de Estado.
Na sequência deste ataque, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) decidiu enviar uma missão militar de estabilização para o país, com um mandato de 12 meses.
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