Secretário-geral da ONU considera que "se não vacinarmos todos, corremos o risco de nenhuma vacina ser eficaz perante uma nova variante".
O secretário-geral da ONU, António Guterres, considera que "seria estúpido" se os países não se unissem para vacinar 40% da população mundial até ao final do ano uma vez que "se não vacinarmos todos, corremos o risco de nenhuma vacina ser eficaz perante uma nova variante", alertou em entrevista à RTP.
"Aqueles [países] que têm poder deveriam juntar-se para resolver este drama mundial terrível. Isso não aconteceu, continua cada um a agir por si. Tivemos o açambarcamento das vacinas, depois tivemos o nacionalismo das vacinas, agora temos a diplomacia das vacinas, mas a verdade é que o mundo não foi capaz de se juntar", realçou António Guterres.
"Aqueles que não colaborarem será claro para o mundo que têm uma responsabilidade e se infelizmente não for possível fazer este programa ter êxito essa responsabilidade tem de ser claramente atribuída aos que não corresponderem a um conjunto de recomendações muito claras, uma prescrição muito clara sobre o que é preciso fazer para garantir o resultado de que falamos", alertou. À RTP, António Guterres sustentou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) "não tem poder para impor que país dê vacinas a outro".
"[A OMS] tem liderança, mas não tem poder. Infelizmente alguns dos que têm poder não têm mostrado liderança e temos assistido a esta situação completamente intolerável, em que há países que já conseguiram vacinar a totalidade da sua população ou quase e em África temos apenas 5% da população vacinada", acusou, lembrando que o continente africano "recebeu apenas 2% das vacinas a nível mundial".
O secretário-geral da ONU avisou que a situação que situação pandémica ainda é grave e que as pessoas devem ser todas vacinadas.
Guterres não poupou nas críticas aos negacionistas que afirma serem uma "ameaça ao fim da pandemia". O secretário-geral da ONU defende que é preciso travar as probabilidades de uma nova onda "dramática" atingir o mundo devido a uma nova variante mais resistente a qualquer vacina.
O dirigente da ONU reforçou ainda que "há alguns responsáveis políticos que têm contribuído" para desinformação. "[...] No meu ponto de vista, é lamentável. Na medida em que nós vemos que quando todos os políticos de um país se unem, quando todos os meios de comunicação essenciais de um país se unem a vacinação é um êxito. O caso de Portugal é caso exemplar nesse ponto de vista", observou.
Sobre a necessidade de medidas para travar as alterações climáticas, Guterres diz não sentir que "tem pregado no deserto" uma vez que há países que começam gradualmente a tomar medidas. No entanto, o secretário-geral da ONU defende que "tudo isto não chega". "Estamos longe do que é necessário para limitar o aumento de 1,5 graus" das temperaturas, defende Guterres.
ONU lança estratégia para vacinar 40% em todos os países até fim do ano
A Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciaram esta quinta-feira uma nova Estratégia de Vacinação Global contra a covid-19 para vacinar 40% da população em todos os países até final do ano.
O plano necessita de 8 mil milhões de dólares (6,9 mil milhões de euros) para assegurar uma distribuição equitativa e visa alcançar a vacinação de 70% da população de todos os países até meados de 2022.
O anúncio foi feito hoje pelo diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, em conjunto com o secretário-geral da ONU, António Guterres, em conferência de imprensa virtual, a partir de Genebra e Nova Iorque.
O objetivo da ONU e da OMS era que todos os países tivessem vacinado pelo menos 10% da sua população até final de setembro, mas a meta não foi alcançada em 56 países, "sem culpa própria", consideraram os responsáveis.
"Com a produção de vacinas agora em quase 1,5 mil milhões de doses por mês, podemos alcançar 40% das pessoas em todos os países até o final do ano - se pudermos mobilizar cerca de 8 mil milhões de dólares para garantir que a distribuição seja equitativa", declarou António Guterres.
A estratégia hoje anunciada distribui responsabilidades por países, produtores e fabricantes de vacinas, instituições financeiras globais e bancos de desenvolvimento, setor privado e sociedade civil.
O plano pede a todos os países que atualizem os planos de vacinação nacionais para os alinharem com os objetivos anunciados hoje, atualizando os investimentos e a distribuição.
Os países com alta taxa de cobertura devem aumentar as doações de vacinas à plataforma COVAX, segundo a OMS.
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