Tribunal eleitoral declarou que Bolsonaro não se poderá candidatar à presidência do Brasil por um período de oito anos.
O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro disse esta sexta-feira, ao saber que tinha sido condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral a ficar inelegível até 2030, que estava a sentir-se como se tivesse levado uma facada nas costas. Bolsonaro fez a declaração em Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais, onde em 2018 sofreu uma facada no abdomen que quase o matou, desferida por um pastor evangélico depois considerado louco e que está preso até hoje.
"Aqui em Minas tomei uma facada na barriga (Durante caminhada política na cidade de Juiz de Fora em 2018), e hoje levei uma facada nas costas por suposto abuso do poder político. No meu caso, tiraram-me da presidência e agora julgaram-me pelo conjunto da obra", queixou-se Jair Bolsonaro, cercado por apoiantes, reconhecendo que não gostou de ficar inelegível mas, frisou, na política ninguém mata ou morre e o jogo ainda não terminou.
Pouco antes do desabafo, o Tribunal Superior Eleitoral, TSE, instância máxima da justiça eleitoral no Brasil, tinha condenado o antigo presidente por abuso do poder político, com 5 juizes a votarem pela inelegibilidade dele e 2 pela absolvição. Bolsonaro foi considerado culpado de crime eleitoral por ter convocado embaixadores de 40 países para um encontro no palácio presidencial no ano passado às vésperas das presidenciais em que concorria à reeleição, e ter denunciado sem provar supostas falhas e irregularidades no sistema eleitoral e até uma fraude alegadamente articulada para o tirar do poder pelo próprio TSE, que hoje voltou a atacar.
"Tiraram-me da presidência (Bolsonaro perdeu as presidenciais de Outubro passado por pequena margem para Lula da Silva), com um massacre em cima de mim, e com o TSE trabalhando contra as minhas propostas. Fui proibido de muitas coisas. Os que trabalharam contra mim hoje gabam-se da vitória sobre um ditador, como eu, que respeitei a Constituição. Esse esforço não teve o valor reconhecido."-Lamentou Jair Bolsonaro, adoptando novamente o papel de vítima de uma grande conspiração que tem desempenhado desde que deixou a presidência.
Este julgamento foi somente o primeiro de muitos que o antigo presidente ainda terá de enfrentar nos próximos tempos e que podem adiar muito, e até inviabilizar, o seu projecto de voltar a candidatar-se à presidência do Brasil. Só no Tribunal Superior Eleitoral Bolsonaro enfrenta ainda mais 15 processos, em maior ou menor fase de tramitação, existem várias outras acções contra ele, com potenciais penas muito mais graves, no Supremo Tribunal Federal, e existem ainda acções em tribunais comuns de primeira instância, relativas a acusações que ficaram suspensas enquanto ele esteve na presidência e tinha imunidade pelo cargo, mas que agora começaram a correr.
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