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"Implosão catastrófica": Um ano após tragédia, exploradores acreditam num mundo "pós-Titan"

Cinco milionários morreram durante expedição aos destroços do Titanic.

18 de junho de 2024 às 20:38

Faz esta terça-feira um ano que o 'Titan' desapareceu no fundo do oceano Atlântico (Norte), cerca de 600 quilómetros a sudeste do Canadá. O submarino transportava cinco ocupantes que tinham o desejo de conhecer o fundo do mar e pagaram 230 mil euros para visitar os destroços do Titanic. As operações duraram cinco dias e tiveram a atenção de todo o mundo. O objetivo era chegar aos tripulantes antes que o oxigénio acabasse.

'Implosão catastrófica'

O pior cenário acabou por se confirmar: "implosão catastrófica". O 'Titan' não resistiu à pressão do fundo do mar e implodiu, acabando por tirar a vida de todos instantaneamente. Um ano após a tragédia, continua a existir quem, apesar de todos os riscos, pretenda continuar a explorar as profundezas do oceano. 

O trágico desfecho foi confirmado depois de um robô subaquático canadiano ter encontrado um "campo de destroços" a mais de 3800 metros de profundidade e a cerca de 200 metros da proa do ‘Titanic’. Tudo indica que a implosão terá ocorrido logo no dia em que o navio-mãe perdeu o contacto com o submersível.  

Milionários

Entre as vítimas da tragédia do 'Titan' está Hamish Harding, multimilionário britânico e presidente da empresa de aviação ‘Action Aviation’, Shahzada Dawood, vice-presidente de uma das maiores empresas do Paquistão, o filho Suleman, o explorador francês Paul-Henri Nargeolet e Stockton Rush, fundador e diretor executivo da ‘OceanGate’.

Alguns especialistas questionam a possibilidade de o 'Titan' estar destinado a ter problemas. Tockton Rush recusou submeter o submarino a verificações independentes. A Guarda Costeira dos Estados Unidos convocou uma investigação de alto nível sobre o sucedido. 

Exploração continua

Entretanto, a exploração às profundezas do oceano continua. A empresa que detém os direitos para recuperar os destroços do Titanic está a planear uma expedição aos destroços em julho, utilizando veículos operados remotamente. 

Segundo a AP News, que cita o Conselho de Segurança dos Transportes do Canadá, existem submersíveis a operar em águas canadianas, alguns dos quais não estão registados no país ou em qualquer outro.

Vários exploradores revelam ainda estar confiantes de que a exploração submarina possa continuar em segurança num mundo "pós-Titan". Apelam para que haja uma maior regulamentação internacional para evitar outro desastre.

"O desejo da comunidade científica é descer ao oceano", disse Greg Stone, um veterano explorador oceânico e amigo do operador do Titan, Stockton Rush.

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