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Irão declara falência de um dos maiores bancos privados do país

Banco Ayandeh tinha ficado paralisado recentemente devido a perdas acumuladas equivalentes a cerca de 5,2 mil milhões de dólares.

25 de outubro de 2025 às 21:32

O Irão declarou este sábado falência de um dos maiores bancos privados do país por perdas acumuladas de 5,2 mil milhões de dólares (4,5 mil milhões de euros), e os ativos foram absorvidos por uma instituição financeira estatal.

O Banco Ayandeh tinha ficado paralisado recentemente devido a perdas acumuladas equivalentes a cerca de 5,2 mil milhões de dólares e dívidas de cerca de 2,9 mil milhões de dólares (cerca de 2,5 mil milhões de euros), noticiou a agência IRNA.

Hamidreza Ghaniabadi, funcionário do Banco Central iraniano, disse à agência IRNA que as "dívidas incobráveis" provocaram a falência.

"Mais de 90% dos fundos do Banco Ayandeh foram atribuídos a entidades ligadas ao próprio banco ou a projetos por ele administrados, que nunca foram reembolsados", explicou Ghaniabadi.

O Banco Ayandeh, fundado em 2012, sustentou projetos luxuosos como o enorme Iran Mall, um complexo comercial em Teerão que inclui uma pista de patinagem no gelo e vários cinemas.

A entidade contava com uma rede de 270 agências em todo o país, 150 delas em Teerão, que foram absorvidas pelo Banco Meli, estatal.

"A transferência do Banco Ayandeh para o Banco Meli já foi concluída", declarou hoje à televisão estatal o diretor da entidade financeira pública, Abolfazl Najarzadeh.

O Banco Meli assumiu a partir de hoje a responsabilidade pelas contas dos clientes do agora extinto Ayandeh.

Além do Banco Ayandeh, outras cinco instituições, Sarmayeh, Day, Sepah, Iran Zamin e Melal, também enfrentam dificuldades financeiras, segundo a agência Tasnim.

O setor bancário iraniano foi afetado pelas sanções americanas impostas ao país desde 2018 devido ao programa nuclear de Teerão, depois que os Estados Unidos abandonaram o acordo nuclear de 2015, assinado também pela França, Alemanha, Reino Unido, Rússia e China.

Às medidas punitivas dos Estados Unidos somaram-se seis resoluções da ONU, aprovadas contra o Irão entre 2006 e 2010 e reimpostas no final de setembro, que proíbem o país de enriquecer urânio e realizar atividades balísticas.

Também estabelecem um embargo de armas e o congelamento de ativos e autorizam inspeções de aeronaves e navios iranianos em águas internacionais, além de impor limitações bancárias e financeiras.

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