Eleitores deram vitória ao 'sim', com 62% dos votos, contra 37% do 'não'.
Os irlandeses aprovaram por larga maioria a legislação sobre o casamento homossexual num referendo histórico que decorreu na sexta-feira, referem os primeiros resultados divulgados hoje pela televisão pública RTE e relativos à maioria das assembleias de voto.A Irlanda torna-se assim o 19.º país - o 14.º na Europa e onde se inclui Portugal - a legalizar o casamento homossexual. No entanto, foi o único a organizar um referendo sobre este tema, com os restantes países a optarem pela via parlamentar.
Segundo estes resultados, o "sim" deverá recolher 62,3% dos votos quando estavam contabilizadas 40 das 42 circunscrições, garantindo desde já a aprovação da nova reforma constitucional que autoriza o "casamento entre duas pessoas, sem distinção de sexo".
A Irlanda torna-se assim o 19.º país - o 14.º na Europa e onde se inclui Portugal - a legalizar o casamento homossexual. No entanto, foi o único a organizar um referendo sobre este tema, com os restantes países a optarem pela via parlamentar.
Igreja católica "deve reagir à revolução social" do país
O arcebispo de Dublin, Diarmuid Martin, afirmou este sábado que o 'sim' dos eleitores irlandeses ao casamento homossexual é um exemplo da "revolução social" que o país atravessa "há algum tempo" e à qual a Igreja católica deve reagir.
Com a maioria dos votos do referendo de sexta-feira contados e assegurada a vitória do 'sim', com cerca de 62% dos votantes a favor do casamento homossexual e 37% a votarem contra, Martin admitiu que chegou o momento de a hierarquia católica iniciar um processo de profundo debate e "revisão da realidade".
O arcebispo, citado pela agência Efe, assegurou que os responsáveis católicos devem encontrar "uma nova linguagem" para propagar mais eficazmente a mensagem da Igreja, sobretudo entre os mais jovens, cujo voto foi decisivo para a vitória do "sim".
Casamento 'gay' "atenta contra os valores da família"
Durante a campanha, a Igreja católica irlandesa, apoiada por grupos conservadores, movimentos antiaborto e uma minoria de senadores e deputados, defendeu que o casamento homossexual atenta contra os valores da família tradicional e vai modificar radicalmente os processos de adoção, incidindo negativamente nos direitos dos menores.
A República da Irlanda promulgou em 2010 uma "lei de relações civis" que, pela primeira vez no país, reconhecia legalmente os casais de pessoas do mesmo sexo, mas não as classificava como "casamento" nem lhes conferia proteção constitucional, como passa a ocorrer com a vitória do "sim".
Mais de 3,2 milhões de irlandeses foram chamados na sexta-feira às urnas para se pronunciarem contra ou a favor do casamento homossexual num país onde a influência da Igreja Católica, embora em declínio, continua forte. A questão colocada aos irlandeses propunha uma alteração à Constituição para autorizar "o casamento entre duas pessoas, sem distinção de sexo".
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