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Jair Bolsonaro acusado de tentativa de golpe de Estado. Ex-presidente conhecia planos para matar Lula

Há mais 36 acusados

21 de novembro de 2024 às 18:34

A Polícia Federal brasileira (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 36 acusados entre eles, vários generais e outros ex-auxiliares por tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado de Direito e por organização criminosa.

É a terceira indicação de Jair Bolsonaro este ano, depois de ter sido igualmente indiciado por desvio e venda ilegal de joias do património brasileiro para ficar com o dinheiro e por ter falsificado o seu boletim de vacinas com a da Covid-19 para poder entrar nos EUA.

Além de Bolsonaro, considerado pela PF o chefe da organização criminosa que tentou uma rutura democrática, foram indiciados pelos três crimes os generais Braga Neto e Augusto Heleno, e o presidente do partido, Valdemar da Costa Neto. Os outros indiciados são acusados de vários crimes ligados aos planos que a PF diz que Jair Bolsonaro comandou a partir do final de Outubro de 2022 para se manter no cargo, após ter sido derrotado nas presidenciais por Lula da Silva.

No relatório da investigação, iniciada no começo do ano passado, a Polícia Federal lista as diversas ações ilegais que foram tentadas contra a Democracia e as instituições para manter Bolsonaro à força no poder. Entre elas os violentos ataques de seguidores bolsonaristas em 8 de Janeiro de 2023, uma semana após Lula da Silva ter tomado posse, quando extremistas invadiram o Congresso, o Supremo Tribunal Federal e o palácio presidencial, tentando forçar as Forças Armadas a intervir na esperança de que reconduzissem Bolsonaro ao cargo, mesmo que nessa altura já ex-presidente tenha fugido para os EUA.

Esta semana, foi descoberto mais um plano para transformar Jair Bolsonaro em governante do Brasil na forma de ditador, uma conspiração levada a cabo por generais, entre eles Braga Neto, para matar o então presidente-eleito Lula da Silva e o seu vice, Geraldo Alckmin, além do juiz Alexandre de Moraes, que comanda os processos contra o antigo presidente.

Segundo a PF, o plano foi arquitetado sob o comando do general Braga Neto, que foi ministro da Casa Civil e da Defesa no governo Bolsonaro e seu vice na tentativa frustrada de reeleição e só não foi concretizado por pequenos detalhes que fugiram do controle dos conspiradores.

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