Sindicato de Trabalhadores da Imprensa da Venezuela divulgou também que atualmente outros 19 jornalistas, todos homens, estão "presos por contar a verdade".
O Sindicato de Trabalhadores da Imprensa da Venezuela (SNTP) denunciou esta sexta-feira que uma mulher jornalista está injustamente presa há mais de 100 dias por informar sobre a insegurança.
"Nakay Mena Ramos é a única mulher jornalista detida na Venezuela. Em 17 de julho assinalou-se 100 dias de uma detenção injusta de que toda a sua família é também vítima", denunciou o SNTP na sua conta da X, antigo Twitter.
Na mesma rede social o SNTP explica que atualmente outros 19 jornalistas, todos homens, estão "presos por contar a verdade".
Sobre a Nakay Mena Ramos, explica ainda que foi detida a 08 de abril de 2025, com o marido Gianni González, um operador de imagem com quem tem uma filha em comum, de cinco anos de idade, que está agora ao cuidado dos avós.
"O seu 'crime' foi fazer uma reportagem sobre a segurança em Caracas. É acusada de incitamento ao ódio e de publicação de notícias falsas. O caso de Nakary toca-nos a todos de perto. É uma jornalista, mulher, mãe, e tudo o que fez foi informar.", sublinha.
Na mesma rede social o SNTP pede que a sua história seja amplamente divulgada e explica que "a pior condena é o esquecimento".
Em 14 de julho último o SNTP lançou uma campanha com textos e fotografias "Presos por contar a verdade -- Conhece os seus rostos e histórias" de jornalistas e trabalhadores da imprensa detidos no país.
As peças de texto e fotografias, divulgadas na sua página na Internet, arrancam com as histórias de 13 dos 20 jornalistas detidos e fazem parte da campanha "O jornalismo conta".
A ideia, segundo o SNTP, é "ir além dos números e mostrar a dimensão humana da prisão injusta, dar visibilidade aos casos de jornalistas e trabalhadores da imprensa que foram presos por informar, por exercerem o seu direito à liberdade de expressão e de opinião" no país.
As peças foram produzidas por jornalistas conhecidos, em colaboração com o SNTP, e documentam o percurso profissional, o empenhamento social e as circunstâncias que rodearam cada detenção.
Em 04 de julho, organizações, jornalistas e trabalhadores da imprensa na Venezuela exigiram a libertação de 20 profissionais detidos e o fim da perseguição e das leis que "criminalizam a liberdade de expressão".
Em comunicado, salientaram que, "por exercerem os direitos a informar e expressar-se em liberdade, mais de 40 jornalistas e trabalhadores da imprensa estão a ser perseguidos, 20 dos quais estão detidos, 12 enfrentam medidas cautelares que os mantêm submetidos a processos infundados e outros oito sujeitos a interrogatórios ou a evitar ordens de captura, para fazer o seu trabalho na clandestinidade".
No texto, acusaram também o Estado venezuelano de "converter o jornalismo em ameaça e fazer do silêncio uma política".
Em 10 de junho, a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) exigiu à Venezuela a "libertação imediata" de três jornalistas "detidos por informar" nos últimos dois meses, em "contexto de crescente repressão contra a imprensa independente".
Segundo a organização não governamental Foro Penal (FP), em 04 de julho na Venezuela estavam detidas 940 pessoas por motivos políticos, 844 homens e 96 mulheres, 771 civis e 169 militares. Entre os detidos há 936 adultos e quatro adolescentes.
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