Acordos contemplam fornecimento a longo prazo de peças para sistemas antiaéreos Patriot, permitindo acelerar a reparação e modernização deste armamento.
O ministro da Defesa ucraniano, Denys Shmyhal, anunciou a assinatura de acordos com parceiros alemães no valor de mais de 1,2 mil milhões de euros, destinados a sistemas de defesa antiaérea, 'drones' e blindados.
No quadro do reforço da cooperação em matéria de defesa com a Alemanha, os acordos contemplam o fornecimento a longo prazo de peças para sistemas antiaéreos Patriot, permitindo a Kiev acelerar significativamente a reparação e modernização deste armamento de fabrico norte-americano.
Os acordos incluem também a entrega de dois sistemas Patriot e mais nove sistemas antiaéreos IRIS-T, usados na defesa das cidades ucranianas de mísseis e 'drones' russos, adiantou Shmyhal, citado pela imprensa ucraniana na quarta-feira.
Está ainda prevista a compra de 'drones' ucranianos avaliados em 200 milhões de euros.
No âmbito da iniciativa "Construir com a Ucrânia", foi assinado um acordo para a produção conjunta de uma aeronave não-tripulada ("Linza"), em cooperação com a Frontline Robotics e a Quantum Systems, que permitirá alargar o reconhecimento tático na linha da frente.
Também a produção de artilharia foi contemplada, com 750 milhões de euros para 200 lança-obuses "Bohdana".
Shmyhal referiu que, graças aos acordos entre o Presidente Volodymyr Zelensky e o chanceler alemão, Friedrich Merz, a Alemanha irá alocar 11,5 mil milhões de euros em 2026 para apoiar a defesa da Ucrânia.
Na quarta-feira, Merz fez perante uma comissão de controlo parlamentar um balanço das conversações que representantes europeus, norte-americanos, ucranianos e da NATO mantiveram em Berlim no domingo e na segunda-feira.
Disse que foram reformuladas "de forma fundamental" as propostas que Washington tinha formulado há quatro semanas, e que ficaram resumidas num plano de 20 pontos.
Merz não se referiu à questão das concessões territoriais que Kiev se recusa a fazer a Moscovo, que reconheceu permanecer em aberto numa conferência de imprensa na segunda-feira com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Questionado sobre a proposta europeia de enviar uma força de paz multinacional para a Ucrânia como garantia de segurança após o fim do conflito, Merz não quis dizer se equaciona o envio de soldados alemães.
O líder alemão prometeu, no entanto, que não se voltará a cometer o erro de 2014 --- quando a Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia --- de deixar Kiev desprotegida perante uma agressão.
Com base na proposta de paz da Ucrânia e aliados, Kiev limitaria a 800.000 o número de efetivos do exército e não integraria a NATO.
Obteria, porém, dos aliados ocidentais garantias de segurança semelhantes às da aliança e acolheria uma força de paz europeia, à qual se uniria um mecanismo de vigilância do cessar-fogo supervisionado por Washington.
Merz e Zelensky admitiram na segunda-feira que ainda não foi alcançado um consenso sobre a questão territorial.
A Ucrânia recusa-se a entregar à Rússia as partes do Donbass (constituído por Donetsk e Lugansk) que ainda controla e mostra-se cética perante a proposta norte-americana de as converter numa zona económica desmilitarizada.
Merz defendeu como próximo passo nas conversações sobre a Ucrânia que os Estados Unidos exortem a Rússia a pôr fim à guerra com base na posição conjunta de norte-americanos, ucranianos e europeus.
"Trata-se agora de apresentar à Rússia a posição conjunta da Ucrânia, da UE e dos Estados Unidos e de exortar a Rússia a pôr fim à guerra com base neste plano", disse Friedrich Merz no parlamento em Berlim.
Numa quase antecipação à resposta à nova proposta, o Presidente russo, Vladimir Putin, prometeu na quarta-feira que a Rússia conquistará pela força os seus "territórios históricos" na Ucrânia se a diplomacia não acomodar os interesses de Moscovo.
Putin reafirmou que se mantêm os objetivos da "operação militar especial" na Ucrânia, a designação oficial da invasão que ordenou em fevereiro de 2022.
Desde então, Moscovo declarou como anexadas as regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, depois de ter feito o mesmo à Crimeia em 2014.
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