Multimilionário russo, de 39 anos, foi detido no sábado.
A Presidência russa advertiu esta terça-feira Paris sobre a "tentativa de intimidação" contra um dos fundadores do serviço de mensagens Telegram, o franco-russo Pavel Durov, detido perto de Paris sob a acusação de 12 crimes relacionados com criminalidade organizada.
"As acusações são muito graves e exigem provas igualmente sólidas", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, acrescentando que se não existirem esses dados "ficará evidente que se trata de uma tentativa de restringir a liberdade de comunicação (...) e até mesmo de intimidar diretamente o chefe de uma grande empresa".
"Ficará claro que não passa de política", acrescentou a mesma fonte, um dia depois de o Presidente francês, Emmanuel Macron, ter garantido que a detenção não teve por base qualquer decisão pública, resultando antes de uma "investigação judicial" num país que defende a "liberdade de expressão e de comunicação".
Tal como Moscovo, os Emirados Árabes Unidos, onde Durov se radicou, anunciaram ter solicitado às autoridades acesso consular ao detido.
A prisão preventiva do fundador da plataforma digital Telegram foi prolongada até quarta-feira após a detenção na noite de sábado após o empresário aterrar num aeroporto perto de Paris, na sequência de uma investigação que aponta para a alegada conivência da plataforma de mensagens instantâneas em crimes que vão desde fraude a tráfico de droga, passando por assédio cibernético, crime organizado e apologia do terrorismo.
O fundador do Telegram chegava de Baku quando foi detido e passaria pelo menos a noite em Paris, onde tinha planeado jantar.
O multimilionário franco-russo, de 39 anos, é alvo de um inquérito judicial aberto, após uma investigação preliminar, pela Jurisdição Nacional de Combate ao Crime Organizado (Junalco), em 8 de julho e que envolve 12 crimes, detalhou a procuradora de Paris, Laure Beccuau, em comunicado.
Estas incluem, entre outras coisas, a recusa de comunicação da informação necessária para as interceções autorizadas por lei, a cumplicidade em delitos e crimes organizados na plataforma (tráfico de droga, pornografia infantil, fraude e branqueamento de capitais por parte de gangues organizados) e o fornecimento de criptologia.
Os juízes de instrução responsáveis por este caso confiaram as investigações ao Centro de Combate ao Crime Digital (C3N) e ao Gabinete Nacional Antifraude (Onaf).
O seu guarda-costas e o seu assistente, que se encontravam com Durov na altura da detenção, foram ouvidos pelos investigadores antes de serem libertados, segundo fonte próxima do caso citada pela AFP.
"É um absurdo dizer que uma plataforma ou o seu patrão são responsáveis pelos abusos" registados na referida plataforma, segundo o Telegram, garantindo que cumpre "as leis europeias, incluindo o Regulamento dos Serviços Digitais".
O Telegram, que tem mais de 900 milhões de utilizadores, comprometeu-se especificamente a nunca revelar qualquer informação sobre os seus utilizadores.
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