Luso-brasileiro será ouvido pela Relação sobre extradição.
Sócio de ex-diretor da Petrobras detido em Lisboa
Foi detido pela PJ, em Lisboa, Raul Schmidt Felippe Junior, sócio de um antigo diretor da Petrobras, no âmbito da Operação Lava Jato, que estava em fuga desde julho. Esta é a primeira operação internacional realizada pela Lava Jato. O site da rede Globo, cita fonte do Ministério Público Federal do Brasil, que explica que Schmidt foi preso "num apartamento que fica em uma área nobre da cidade. As investigações apontam que o imóvel está avaliado em cerca de 3 milhões de euros". Raul Schmidt será ouvido por um juiz do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) sobre o pedido de extradição das autoridades brasileiras, emitido no âmbito da Operação Lava Jato. Em comunicado, a PJ explica que "o detido foi investigado pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal do Brasil por ter agido como intermediário de operações da Petrobras que levaram ao recebimento indevido de comissões no valor de vários milhões de reais". A operação de hoje teve a participação de 14 elementos da PJ, um procurador da República, um juiz, bem como o procurador Diogo Castor Mattos, que faz parte da equipa de investigação no Ministério Público Federal brasileiro, e dois elementos da Polícia Federal do Brasil. Segundo fonte do TRL, o detido tem 48 horas para se apresentar ao juiz desembargador de turno naquele tribunal superior e ser-lhe-á feita apenas uma pergunta: se aceita o pedido de extradição feito pelas autoridades judiciárias brasileiras. Caso a resposta seja negativa, explicou a fonte, "o juiz dá ao detido no mínimo cinco dias, mas normalmente dez", para que este fundamente, por escrito e através de um advogado, a sua negação à extradição. Depois, adiantou a mesma fonte, haverá lugar à oposição do Ministério Público a esses fundamentos e segue-se um julgamento no TRL. Caso o detido aceite o pedido de extradição das autoridades brasileiras, cumpridas as formalidades, viaja para o Brasil, acompanhado por elementos policiais. Ministério Público Federal de Curitiba quer decisão em 48 horas O Brasil pediu esta segunda-feira a Portugal que a decisão sobre a data da extradição do luso-brasileiro Raul Schmidt Felipe Junior, detido hoje em Portugal no âmbito da Operação Lava Jato, seja tomada em dois dias. "Eles pediram que fosse decidido em 48 horas, como ele estava foragido, para que ele venha para o Brasil o quanto antes", disse à agência Lusa a assessoria do Ministério Público Federal de Curitiba. A data da extradição será agora decidida pelo juiz responsável pelo caso em Portugal, porque foram as autoridades portuguesas que fizeram a detenção. PGR confirma detenção e possível extradição A Procuradoria-Geral da República (PGR) disse esta segunda-feira que as autoridades brasileiras querem extraditar o cidadão luso-brasileiro Raul Schmidt, detido em Lisboa no âmbito da cooperação judiciária internacional na Operação Lava Jato. Em comunicado, a PGR, sem indicar o nome do detido, explicou que a operação que levou à detenção de Raul Schmidt num apartamento de luxo no centro de Lisboa envolveu diversas diligências, designadamente buscas, e que "foram acompanhadas por uma equipa do Ministério Público brasileiro". Raul Schmidt, sócio de um antigo diretor da Petrobrás, foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) no âmbito do cumprimento de uma carta rogatória relacionada com a Operação Lava Jato, que investiga crimes económico-financeiros no Brasil. A PGR adianta que já recebeu das autoridades brasileiras três cartas rogatórias relacionadas com esta matéria, mantendo-se duas em execução. As diligências da PJ, que contaram com a presença de um juiz português e de um procurador brasileiro, foram coordenadas pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal. Raul Schmidt acusado de branqueamento de capitais e corrupção Raul Schmidt foi sócio do ex-diretor da Área Internacional da Petrobrás Jorge Zelada, condenado no mês passado a 12 anos e dois meses de prisão por corrupão e branqueamento de capitais no âmmito da Operação Lava Jato. Na altura, o juiz Sérgio Moro considerou provado que Zelada cobrou um suborno de 31 milhões de dólares à empresa Vantage Drilling Corporation para contratar um barco sonda para a petrolífera. Os delitos foram denunciados pelo Ministério Público e investigados pela Justiça brasileira, cuja sentença assegura que Zelada "passou a dedicar-se à prática de delitos enquanto diretor da Petrobras para enriquecimento ilícito e de terceiros". Jorge Zelada foi igualmente condenado pelo branqueamento de 12,5 milhões de dólares através de três empresas constituídas no estrangeiro. No âmbito da investigação brasileira já tinham sido confiscados a Jorge Zelada 30,7 milhões de dólares em contas que tinha num "offshore". De acordo com comunicado emitido pela Procuradoria da República do Estado do Paraná, é investigado pelo pagamento de luvas aos ex-diretores da estatal petrolífera Renato de Souza Duque, Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada. Ainda, para além de servir como operador financeiro no pagamento de luvas aos agentes públicos da Petrobras, Raul Schmidt terá facilitado a obtenção de contratos de exploração de plataformas da da estatatal a empresas internacionais. Raul Schmidt é brasileiro e possui também naturalidade portuguesa. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), vivia em Londres, onde mantinha uma galeria de arte, e mudou-se para Portugal após o início da operação, em virtude da dupla nacionalidade. Com o nome inscrito na lista de criminosos procurados da Interpol, tinha-se escondido no seu apartamento de Lisboa até agora.
Raul Schmidt será ouvido por um juiz do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) sobre o pedido de extradição das autoridades brasileiras, emitido no âmbito da Operação Lava Jato.
Em comunicado, a PJ explica que "o detido foi investigado pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal do Brasil por ter agido como intermediário de operações da Petrobras que levaram ao recebimento indevido de comissões no valor de vários milhões de reais".
A operação de hoje teve a participação de 14 elementos da PJ, um procurador da República, um juiz, bem como o procurador Diogo Castor Mattos, que faz parte da equipa de investigação no Ministério Público Federal brasileiro, e dois elementos da Polícia Federal do Brasil.
Segundo fonte do TRL, o detido tem 48 horas para se apresentar ao juiz desembargador de turno naquele tribunal superior e ser-lhe-á feita apenas uma pergunta: se aceita o pedido de extradição feito pelas autoridades judiciárias brasileiras.
Caso a resposta seja negativa, explicou a fonte, "o juiz dá ao detido no mínimo cinco dias, mas normalmente dez", para que este fundamente, por escrito e através de um advogado, a sua negação à extradição.
Depois, adiantou a mesma fonte, haverá lugar à oposição do Ministério Público a esses fundamentos e segue-se um julgamento no TRL.
Caso o detido aceite o pedido de extradição das autoridades brasileiras, cumpridas as formalidades, viaja para o Brasil, acompanhado por elementos policiais.
Ministério Público Federal de Curitiba quer decisão em 48 horas
O Brasil pediu esta segunda-feira a Portugal que a decisão sobre a data da extradição do luso-brasileiro Raul Schmidt Felipe Junior, detido hoje em Portugal no âmbito da Operação Lava Jato, seja tomada em dois dias.
"Eles pediram que fosse decidido em 48 horas, como ele estava foragido, para que ele venha para o Brasil o quanto antes", disse à agência Lusa a assessoria do Ministério Público Federal de Curitiba.
A data da extradição será agora decidida pelo juiz responsável pelo caso em Portugal, porque foram as autoridades portuguesas que fizeram a detenção.
PGR confirma detenção e possível extradição
A Procuradoria-Geral da República (PGR) disse esta segunda-feira que as autoridades brasileiras querem extraditar o cidadão luso-brasileiro Raul Schmidt, detido em Lisboa no âmbito da cooperação judiciária internacional na Operação Lava Jato.
Em comunicado, a PGR, sem indicar o nome do detido, explicou que a operação que levou à detenção de Raul Schmidt num apartamento de luxo no centro de Lisboa envolveu diversas diligências, designadamente buscas, e que "foram acompanhadas por uma equipa do Ministério Público brasileiro".
Raul Schmidt, sócio de um antigo diretor da Petrobrás, foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) no âmbito do cumprimento de uma carta rogatória relacionada com a Operação Lava Jato, que investiga crimes económico-financeiros no Brasil.
A PGR adianta que já recebeu das autoridades brasileiras três cartas rogatórias relacionadas com esta matéria, mantendo-se duas em execução.
As diligências da PJ, que contaram com a presença de um juiz português e de um procurador brasileiro, foram coordenadas pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal.
Raul Schmidt acusado de branqueamento de capitais e corrupção
Raul Schmidt foi sócio do ex-diretor da Área Internacional da Petrobrás Jorge Zelada, condenado no mês passado a 12 anos e dois meses de prisão por corrupão e branqueamento de capitais no âmmito da Operação Lava Jato.
Na altura, o juiz Sérgio Moro considerou provado que Zelada cobrou um suborno de 31 milhões de dólares à empresa Vantage Drilling Corporation para contratar um barco sonda para a petrolífera.
Os delitos foram denunciados pelo Ministério Público e investigados pela Justiça brasileira, cuja sentença assegura que Zelada "passou a dedicar-se à prática de delitos enquanto diretor da Petrobras para enriquecimento ilícito e de terceiros".
Jorge Zelada foi igualmente condenado pelo branqueamento de 12,5 milhões de dólares através de três empresas constituídas no estrangeiro.
No âmbito da investigação brasileira já tinham sido confiscados a Jorge Zelada 30,7 milhões de dólares em contas que tinha num "offshore".
De acordo com comunicado emitido pela Procuradoria da República do Estado do Paraná, é investigado pelo pagamento de luvas aos ex-diretores da estatal petrolífera Renato de Souza Duque, Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada. Ainda, para além de servir como operador financeiro no pagamento de luvas aos agentes públicos da Petrobras, Raul Schmidt terá facilitado a obtenção de contratos de exploração de plataformas da da estatatal a empresas internacionais.
Raul Schmidt é brasileiro e possui também naturalidade portuguesa. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), vivia em Londres, onde mantinha uma galeria de arte, e mudou-se para Portugal após o início da operação, em virtude da dupla nacionalidade. Com o nome inscrito na lista de criminosos procurados da Interpol, tinha-se escondido no seu apartamento de Lisboa até agora.
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