"Este tipo de informação falsa é apenas a ponta de um enorme icebergue de desinformação", declarou Aung San Suu Kyi.
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A líder de facto do Governo birmanês Aung San Suu Kyi criticou esta quarta-feira o "icebergue de desinformação" em torno da crise dos muçulmanos 'rohingya', quebrando pela primeira vez o silêncio sobre o assunto.
"Este tipo de informação falsa é apenas a ponta de um enorme icebergue de desinformação", declarou a prémio Nobel da Paz, referindo-se às fotos da crise, durante uma conversa telefónica com o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
Suu Kyi assegurou que "protegerá" os direitos de "todas as pessoas" do país, de acordo com a transcrição oficial do telefonema, publicada esta quarta-feira.
Pelo menos 414 pessoas morreram nas últimas duas semanas durante a onda de violência sectária no oeste da Birmânia, uma região declarada "zona de operações" pelo exército, informou o Governo birmanês.
O conflito começou no passado dia 25 de agosto quando um milhar de efetivos do Exército de Salvação do Estado Rohingya (ARSA) atacou cerca de 20 postos governamentais no estado de Rakhine (antigo Arakan), gerando resposta dos militares.
A comissão de informação do gabinete de Aung San Suu Kyi indicou na rede social Facebook que os ataques mataram 371 rebeldes, 15 operacionais do Governo e 28 civis.
O organismo oficial estimou também que cerca de sete mil casas ficaram destruídas nos combates em 59 localidades na região, o que provocou mais de 26.500 deslocados de etnia não divulgada.
Pelo menos 123 mil pessoas da minoria muçulmana 'rohingya', não reconhecida pelas autoridades birmanesas, cruzaram a fronteira com o Bangladesh para fugirem à violência, indicou o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR).
Desde o início dos confrontos que ARSA e Forças Armadas estão a trocar acusações sobre violações de direitos humanos.
O grupo rebelde é também responsabilizado pelo ataque contra três postos fronteiriços a 09 de outubro de 2016, que desencadeou uma violenta operação de represália do exército birmanês.
A ONU e várias organizações condenaram essa operação, denunciando assassínios, saques e violações de civis, que levaram já cerca de 74 mil 'rohingya' a fugir para o Bangladesh.
Suu Kyi tem sido duramente criticada pelo silêncio perante a crise humanitária no estado de Rakhine, onde vivem 1,1 milhões de 'rohingya'.
Os membros desta minoria, com raízes centenárias no país, estão a ser alvo de uma crescente discriminação desde a onda de violência de 2012, que causou pelo menos 160 mortos e deixou 120 mil 'rohingya' confinados a 67 campos de deslocados.
As autoridades birmanesas não reconhecem a cidadania aos 'rohingya', consideram-nos imigrantes e impõem-lhes múltiplas restrições, incluindo a privação de movimentos.
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