Para o Presidente francês, Emmanuel Macron, a Rússia está "a enraizar cada vez mais a lógica da guerra e do terror" e a "atacar indiscriminadamente, incluindo áreas residenciais e sede do Governo".
O ataque realizado pela Rússia a Kiev, o maior com drones desde o início da guerra e que atingiu a sede do Governo ucraniano, foi este domingo condenado por vários líderes europeus, que defenderam mais sanções a Moscovo.
Numa mensagem publicada nas redes sociais, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a Rússia "está a troçar da diplomacia, a atropelar o direito internacional e a matar indiscriminadamente", garantindo que a Europa vai continuar a apoiar a Ucrânia.
"A matança tem de acabar", disse na sua mensagem, na qual adianta que a Europa continuará a "fortalecer as forças armadas ucranianas, criando garantias de segurança duradouras e endurecendo as sanções para aumentar a pressão sobre a Rússia".
Também o presidente do Conselho Europeu condenou "a versão de paz de [Presidente russo, Vladimir] Putin", que, segundo António Costa, consiste em "falar de paz enquanto os bombardeamentos se intensificam e são atacados edifícios governamentais e casas civis".
"Temos de manter o rumo: reforçar as defesas da Ucrânia e aumentar a pressão sobre a Rússia através de sanções adicionais, em estreita coordenação com os nossos aliados e parceiros", acrescentou.
Uma delegação da União Europeia (UE) viajou na sexta-feira para os Estados Unidos para negociar com a administração Trump possíveis novas sanções coordenadas contra a Rússia, referiu António Costa, numa altura em que os europeus já preparam o seu 19.º pacote de sanções contra o Kremlin.
Para o Presidente francês, Emmanuel Macron, a Rússia está "a enraizar cada vez mais a lógica da guerra e do terror" e a "atacar indiscriminadamente, incluindo áreas residenciais e a sede do Governo".
Perante estes ataques sem precedentes, Macron sublinhou, numa mensagem divulgada através das redes sociais, a determinação dos aliados da Ucrânia em continuar a "fazer tudo o que é possível para garantir que prevaleça uma paz justa e duradoura".
Liderada pela França, a Coligação de Voluntários -- que reúne 35 países, incluindo Portugal, dispostos a apoiar militarmente a Ucrânia e enviar soldados europeus para território ucraniano como parte de um futuro acordo de paz com a Rússia -- reuniu-se na quinta-feira passada, em Paris, onde reiterou a garantia de segurança à Ucrânia em caso de cessar-fogo.
Pelo seu lado, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, classificou os ataques como "cobardes", referindo que só demonstram que Putin "não leva a paz a sério".
"Pela primeira vez, o coração do Governo civil da Ucrânia foi atingido. Estes ataques cobardes demonstram que Putin acredita ter escapado impune. Não leva a paz a sério. Agora, mais do que nunca, devemos manter o nosso firme apoio à Ucrânia e à sua soberania", afirmou, num comunicado divulgado por Downing Street.
Reação idêntica teve o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, que instou os EUA e a Europa a forçarem, em conjunto, a Rússia a aceitar imediatamente um cessar-fogo.
"O ataque russo aos edifícios governamentais em Kiev demonstra, mais uma vez, que adiar ainda mais uma reação firme contra Putin e as tentativas de o apaziguar são inúteis", escreveu numa mensagem publicada nas redes sociais, sublinhando que existem "todas as ferramentas para isso".
Também a Espanha condenou já a investida russa, "que mais uma vez causou a morte de civis, incluindo crianças, e danificou a sede do Governo em Kiev", como se lê numa mensagem do ministro dos Negócios Estrangeiros, da União Europeia e da Cooperação, José Manuel Albares.
O ministro espanhol manifestou ainda a "sua solidariedade" para com as famílias, o Governo e o povo ucraniano face ao mais recente ataque russo.
A operação russa foi ainda criticada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros belga, Maxime Prévot, que apelou a uma resposta à escalada do conflito pela Rússia, alegando que "só a pressão e a unidade podem aproximar esta guerra do fim".
O Governo português condenou também o ataque e manifestou solidariedade para com os ucranianos.
"Portugal condena o mais intenso ataque russo à Ucrânia desde o início da guerra de agressão (810 'drones' e 13 mísseis), que atingiu diretamente a sede do Governo", afirma o Ministério dos Negócios Estrangeiros, numa mensagem publicada nas redes sociais.
A Rússia lançou esta manhã o maior ataque com drones e também mísseis contra a Ucrânia, nomeadamente contra Kiev, onde atingiu, pela primeira vez, o edifício sede do Governo.
De acordo com os serviços de emergência e as autoridades locais, pelo menos cinco pessoas morreram na sequência deste ataque.
Um dos principais alvos do ataque noturno russo foi Kiev, mas a Rússia também bombardeou Odessa (sul), Zaporijia (sul), Kremenchuk (centro), Kryvyi Rih (leste) e Dnipropetrovsk (leste).
A primeira-ministra ucraniana, Yulia Sviridenko, instou os governos a "aumentarem a pressão das sanções, especialmente contra o petróleo e o gás russos".
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.