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Luaty Beirão termina greve de fome

Ativista angolano escreveu carta a anunciar fim da greve.

27 de outubro de 2015 às 07:54

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Luaty Beirão terminou com a greve de fome. O ativista luso-angolano escreveu uma carta a anunciar o fim desta greve que durava desde setembro.

"Junho vai longe. Passámos muitos dias presos em celas solitárias, alguns sem comer, com muitas saudades de quem nos é próximo. Pelo caminho sentimos a solidariedade da maioria dos prisioneiros e funcionários. Tivemos apoio de família e amigos", pode ler-se no primeiro parágrafo da carta publicada no portal de notícias Rede Angola.

Advogado confirma fim da greve de fome

Em declarações à agência Lusa, e remetendo mais informações para a família, o advogado Luís Nascimento confirmou que a decisão, agora revelada, já "era esperada".

"Ele quando falou comigo, na segunda-feira, já encarava essa possibilidade, de terminar a greve de fome. Era mais do que provável, de certo modo rendia-se aos apelos dos colegas e nomeadamente o último, que foi feito pela esposa, por causa da filha", disse o advogado à Lusa.

Até segunda-feira, Luaty Beirão cumpriu 36 dias em greve de fome, protestando contra o que dizia ser o excesso da prisão preventiva e exigindo aguardar julgamento em liberdade, como prevê a lei angolana.

O músico e ativista, que também tem nacionalidade portuguesa, é um dos 15 ativistas angolanos em prisão preventiva desde junho, sob acusação de atos preparatórios para uma rebelião em Angola e um atentado contra o Presidente da República.

O início do julgamento, que envolve outras duas arguidas em liberdade provisória, está agendado para 16 de novembro, no Tribunal de Cacuaco, nos arredores de Luanda.

AI Portugal congratula-se com a decisão

AI Portugal congratula-se com a decisão

A presidente da Amnistia Internacional Portugal, Teresa Pina, congratulou-se com o anúncio do fim da greve de fome do ativista angolano Luaty Beirão, que considerou ter sido "um ato de bravura e coragem".

Em declarações à agência Lusa, a responsável da Amnistia Internacional Portugal classificou o fim da greve de fome como uma "boa notícia", pois não houve "perda de vida humana".

"É um ato de enorme coragem e de grande bravura por parte de Luaty, que decidiu que deveria terminar a greve de fome por entender que deve entrar noutra fase para enfrentar a questão", disse.

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