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Lula da Silva critica anúncio de Trump sobre Gaza e considera que o americano é um político que vive de ameaças

Presidente brasileiro defende que Trump foi eleito para governar os EUA e deveria deixar o resto do planeta em paz.

05 de fevereiro de 2025 às 14:37

O presidente brasileiro, Lula da Silva, afirmou esta quarta-feira que o seu homólogo dos EUA, Donald Trump, que tomou posse no passado dia 20 de janeiro e incendiou o mundo com decisões e frases fortes, é o tipo de político que vive de ameaças. Criticando o anúncio feito na véspera pelo norte-americano de que os EUA vão ocupar Gaza, Lula acrescentou que Trump foi eleito para governar somente os Estados Unidos e que deveria deixar o resto do planeta em paz.

“Há um tipo de político que vive de ameaças. E o presidente Trump fez toda a campanha dele assim. Ora, ele não pode agora mudar repentinamente do país que vende a paz para o país que vende a ideia da provocação, da discordância", afirmou Lula.

Acho que as pessoas precisam parar de falar aquilo que lhes vem à cabeça e começar a falar o que é razoável. Cada um governa no seu país, manda no seu país, e deve deixar os outros países em paz", declarou o veterano presidente brasileiro, de 79 anos, em entrevista conjunta para rádios do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.

Para Lula da Silva, o anúncio feito, esta terça-feira, por Trump ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de que os EUA vão ocupar a Faixa de Gaza e assumir a administração daquele território palestiniano é uma coisa “incompreensível para qualquer ser humano”. O chefe de Estado brasileiro defendeu que quem tem de administrar e reconstruir Gaza são os próprios palestinianos.

“Quem tem de cuidar de Gaza são os palestinianos. O que aconteceu em Gaza foi um genocídio e eu, sinceramente, não sei se os Estados Unidos, que fizeram parte disso, seriam o melhor país para tentar cuidar de Gaza". O presidente brasileiro considera que "os palestinianos precisam é de uma reparação para reconstruirem tudo o que foi destruído".  Desde as suas casas, hospitais, escolas" para poderem "viver dignamente, com respeito".

"É por isso que defendemos a criação de um estado palestiniano, igual ao estado de Israel, e estabelecer uma política de convivência harmónica", completou o brasileiro, uma das muitas vozes que esta quarta-feira se ouviram pelo mundo contra a proposta de Trump de expulsar milhões de pessoas da Faixa de Gaza e assumir o território. 

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